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Telescópio Espacial James Webb encontra um planeta azul cheio de problemas; um deles é o fedor a ovo podre

Telescopio Webb Achou Planeta Que Fede A Ovo
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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência no ramo digital. Entusiasta pela cultura pop, games e claro: tecnologia, principalmente com novas experiências incluídas na rotina. 

Graças ao telescópio espacial James Webb, a humanidade fez novos descobrimentos sobre o universo, desde exoplanetas que podem ser habitáveis até a identificação de algumas de suas características físicas.

Entre a vasta quantidade de descobertas acumuladas, destaca-se um exoplaneta que emite um cheiro semelhante ao de ovo podre. Esse é o HD 189733b, um gigante gasoso localizado a 64 anos-luz da Terra, com uma atmosfera impregnada por esse aroma peculiar.

Embora nenhum astrônomo tenha sido capaz de sentir o cheiro do planeta, graças ao telescópio e suas detalhadas observações espectroscópicas, foi detectada a presença de sulfeto de hidrogênio em sua atmosfera, um gás conhecido pelo característico odor de ovo podre.

Outra característica do HD 189733b é que ele é um "Júpiter quente", termo utilizado para descrever gigantes gasosos que orbitam muito próximos de suas estrelas. Nesse caso, o exoplaneta completa uma órbita ao redor de seu sol em apenas 2,2 dias terrestres.

Devido à sua proximidade com a estrela, as temperaturas no planeta são extremamente altas, superando os 900 °C em sua atmosfera. Além disso, foram detectados ventos em níveis de furacão que transportam pequenas partículas de vidro a velocidades de até 8.000 km/h, o que contribui para a coloração azulada do planeta.

As características do exoplaneta

Felizmente, o HD 189733b está relativamente próximo da Terra, o que o torna um alvo claro para o estudo desse tipo de planetas. Não necessariamente na busca por vida extraterrestre, mas para compreender melhor sua química atmosférica, já que as condições extremas tornam inviável a existência de vida por lá.

O sulfeto de hidrogênio detectado em sua atmosfera pode ser a chave para entender a evolução dos gigantes gasosos, além de proporcionar uma melhor compreensão dos processos de formação estelar e do papel que esses planetas podem ter desempenhado na formação do nosso sistema solar.

Antes dessa descoberta, já haviam sido detectados vapor de água e monóxido de carbono em sua atmosfera, mas a confirmação da presença de sulfeto de hidrogênio traz novas informações sobre as complexas condições químicas e físicas de diversos corpos no universo.

A descoberta de novos planetas

Para observar esse tipo de exoplaneta, são utilizados os instrumentos do telescópio Webb, que permitem, por meio de um processo conhecido como observação de trânsito, detectar quando o planeta causa uma leve diminuição na luminosidade da estrela ao redor da qual orbita. Esse fenômeno também permite que uma pequena quantidade de luz atravesse a atmosfera do exoplaneta, facilitando sua análise.

Graças a esses dados espectrais, os astrônomos podem identificar diversos compostos químicos presentes.

Em outros sistemas estelares, por exemplo, o telescópio espacial já observou planetas com nuvens de rocha ou que, apesar de terem um tamanho semelhante ao de Júpiter, são tão leves quanto um algodão-doce.

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