Fiquei um ano sem usar minha Smart TV; ao ligá-la, encontrei a melhor prova do porquê é melhor não atualizá-la

Atualizar sua TV para a versão mais recente nem sempre é uma boa ideia. A melhor recomendação é esperar para ver se outros usuários estão tendo uma boa experiência

Às vezes, atualizar o sistema da TV é mais problema que solução / Imagem: Alex Alcolea
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Victor Bianchin

Redator
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Victor Bianchin é jornalista.

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Relato original de Antonio Sabán, do Xataka Espanha

Passei um ano fora de casa, sem poder usar minha Samsung QD-OLED S95C, o modelo OLED topo de linha da fabricante em 2023. Quando saí, deixei ela com o sistema operacional Tizen 7.0 instalado e, ao voltar, encontrei-a com o One UI baseado no Tizen 8.0. Há notícias boas e ruins.

Começando pela parte boa, vejo um sistema mais moderno, que esteticamente gosto mais, e fico feliz de ter. Ficou para trás aquela época em que os fabricantes de TVs deixavam os aparelhos no limbo, levando as últimas versões do sistema operacional apenas para os novos modelos de cada ano.

Dois fabricantes com sistema próprio, como Samsung e LG, decidiram mudar isso e estou vendo os primeiros frutos dessa decisão. Mas, no meu caso, também há uma notícia ruim: lentidão.

Uma experiência mais de linha média-baixa do que de linha alta

Nos meus testes, a Samsung QD-OLED S95C nunca foi uma TV rápida desde seu lançamento, especialmente considerando que, na versão de 65”, custava mais de 19.000 reais.

Com o OneUI, tudo é mais agradável visualmente. Mas chegar a este menu requer um passo a mais que com o Tizen 7.0 Com o OneUI, tudo é mais agradável visualmente. Mas chegar a este menu requer um passo a mais que com o Tizen 7.0

A experiência era aceitável, mas, para acelerá-la, tive que tomar medidas como desativar os canais do Samsung TV Plus e ligar a TV sem iniciar com o Samsung Smart Hub. Outra coisa que fiz para acelerar o sistema foi mudar os DNS para dar adeus aos anúncios publicitários, o que matou dois coelhos com uma cajadada só. Assim consegui aproveitar seu uso, mesmo sabendo que estava longe da fluidez de outros modelos.

No entanto, ao voltar a usá-la, descobri que a pessoa que a usou atualizou o aparelho. No nível da interface, quase tudo funciona melhor, está mais organizado e faz mais sentido, exceto que agora preciso de um passo a mais para acessar as configurações de imagem.

No entanto, no que diz respeito à velocidade, agora sinto que, principalmente ao ligar esta Smart TV, tenho um modelo de linha média ou média-baixa. Depois de tentar deixá-la como estava no Tizen 7.0, desativando o TV Plus e o Apple AirPlay, mudando os DNS e desinstalando aplicativos, não consegui quase nenhuma melhora.

Sinto lentidões importantes na interface. Onde percebo isso? Simplesmente ao descer entre opções em uma lista de ajustes ou ao navegar entre ícones de aplicativos na tela principal. Situações nada exigentes, mas que estão longe de serem as piores. Chego a querer mudar entre modos de imagem, por exemplo, entre o modo filme e o Filmmaker, sem perceber que os novos ajustes foram aplicados até segundos depois.

Dentro dos aplicativos é ainda pior, mas aí também é responsabilidade dos desenvolvedores, e não só do fabricante da TV. Restaurar para os valores de fábrica não ajudou; esse parece ser o funcionamento normal do sistema. Por isso, estou optando por usar um Apple TV e um Fire TV 4K Max.

Minha recomendação é clara: desative as atualizações

Nesta mesma TV, já vi atualizações corrigirem erros e problemas que havia, como a gestão de movimento. E em muitos outros casos, há atualizações que trazem funções, como quando as TVs da Sony receberam suporte a VRR, ou quando os OLED da LG ganharam Dolby Vision a 120 Hz para jogos.

Ou seja, exemplos de atualizações úteis e que agregam valor, podemos encontrar muitos. No entanto, minha recomendação continua sendo desativar as atualizações de soundbars ou televisores se tudo estiver funcionando corretamente. Caso recebamos um aviso, eu buscaria em fóruns ou redes sociais para ver como a atualização está afetando o desempenho e as diferentes funções da TV.

Se tudo correr bem, poderemos atualizar. Se houver problemas aparentes, teremos uma ótima oportunidade para deixar o sistema exatamente como está. Fico muito feliz que as coisas estejam mudando em smartphones e televisores. Os primeiros agora têm até 7 anos de atualizações, dependendo do modelo e marca. E as TVs terão atualizações anuais, algo que antes era uma utopia.

No entanto, acredito que uma boa prática dos fabricantes seria atualizar apenas se não houver uma grande perda de desempenho e, principalmente, permitir que os usuários possam voltar para a versão anterior caso queiram permanecer como estavam. Sim, mesmo que isso signifique perder alguma atualização de segurança.

Imagem destacada | Alex Alcolea

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.

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