Quem nunca colocou uma música triste para se afundar na depressão momentânea durante uma fossa que taque o primeiro play. Teóricos musicais e cientistas já estudam as baladas há anos para entender por que elas fazem tanto sucesso e quais os efeitos delas no nosso cérebro. Um estudo canadense de 2021, por exemplo, apontou que nós ouvimos músicas tristes para termos um sentimento maior de conexão com o outro.
Essa hipótese foi confirmada por outro estudo canadense. O pesquisador Robert Zatorre confirmou que as músicas tristes têm um tipo de acorde dissonante que gera uma enxurrada de dopamina no nosso cérebro. Ou seja: ao ouvir uma música triste, nós nos sentimos mal e bem ao mesmo tempo e essa dualidade faz com que queiramos ouvir mais vezes a mesma música.
Solidão e desolação
Curiosamente, a música mais triste de todas segundo a empresa de dados HappyorNot, junto com a pesquisadora de música da Durham University’s Music Department, não é um single e sim o encerramento de um álbum seminal. "Something in the Way" fecha o Nevermind, segundo disco do Nirvana, lançado em 1991, e que conta com clássicos do rock como Smells Like Teen Spirit e Lithium.
De acordo com Annaliese Micallef Grimaud, a canção da banda de Seattle possui um tempo vagaroso, tom menor e timbre sombrio, que comunica a tristeza. O top 5 da depressão feito pela pesquisadora ainda conta com "Everybody Hurts" do R.E.M., ‘Tears in Heaven’ do Eric Clapton, "Nutshell" da banda Alice in Chains e "Black" do Pearl Jam. Então já sabe: se quiser afundar na fossa essa é a melhor playlist.
Ver 0 Comentários