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Sam Altman diz que tem “o emprego que sonhava quando criança”: recebe um salário de US$ 76 mil e nenhuma ação da OpenAI

  • Sam Altman já mostrou que não está na OpenAI por dinheiro, já que seu salário como CEO é de US$ 76.000 por ano

  • O gestor confessou que estar na vanguarda do desenvolvimento da IA ​​é “o trabalho que sonhava quando criança”

Sam Altman - Open IA. Imagem | Flickr ( TechCrunch )
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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência no ramo digital. Entusiasta pela cultura pop, games e claro: tecnologia, principalmente com novas experiências incluídas na rotina. 

Como foi divulgado recentemente na declaração de impostos da OpenAI, Sam Altman não é nem de longe o CEO mais bem pago do mundo. Na verdade, ele mesmo contou à Comissão do Congresso dos Estados Unidos (com um toque de ironia de um dos congressistas) que recebe "o mínimo para pagar o plano de saúde": pouco mais de 76 mil dólares por ano.

Altman não é o único CEO com um salário tão baixo. Essa é uma prática comum entre fundadores e líderes de grandes empresas de tecnologia.

Por exemplo, Mark Zuckerberg e Elon Musk recebem apenas um dólar de salário, mas acabam ganhando milhões em bônus ou pacotes de ações que garantem seu poder nas empresas. Porém, esse não é o caso de Sam Altman.

Durante uma entrevista na Cúpula DealBook do The New York Times, ele afirmou: "Esse é o trabalho dos meus sonhos de infância. Trabalhar com os pesquisadores mais inteligentes do mundo e viver essa aventura maluca é tudo o que sempre quis fazer."

A chave: trabalhar para a OpenAI

Além de ser o emprego que o Altman de oito anos sempre sonhou, um dos motivos para seu salário tão baixo é o fato de trabalhar em uma organização classificada como entidade sem fins lucrativos.

Há alguns meses, Altman revelou no podcast All In que, por ser uma empresa sem fins lucrativos com um braço comercial voltado ao lucro, a OpenAI precisava de um conselho administrativo composto por um número determinado de membros "desinteressados".

Por isso, após o polêmico episódio envolvendo a demissão e posterior reintegração de Sam Altman pela diretoria da OpenAI, o fundador recusou qualquer participação no capital acionário da empresa, mantendo a proporção de diretores "altruístas" no conselho.

Apesar disso, Altman declarou estar muito confortável com essa situação: "Acho que pelo menos deveria ser compreensível que isso tenha mais valor para mim do que qualquer quantia adicional de dinheiro", afirmou durante sua entrevista na Cúpula DealBook.

De acordo com a CNBC, a OpenAI está avaliada em 157 bilhões de dólares, o que significa que até mesmo 1% dessas ações representaria uma fortuna considerável para seu fundador.

No entanto, Altman parece ter suas necessidades financeiras bem atendidas, já que suas investidas como líder da aceleradora de startups Y Combinator o tornaram extremamente rico. Sua fortuna atual é estimada em cerca de 1,1 bilhão de dólares, segundo a Forbes.

A decisão de não aceitar uma participação no capital da OpenAI levantou suspeitas entre investidores, que acham estranho que um dos cofundadores e membro do conselho não tenha nada a perder caso a empreitada da OpenAI não seja bem-sucedida.

Por esse motivo, o restante do conselho está insistindo em oferecer a Sam Altman uma participação de 7% na futura conversão da OpenAI em uma empresa totalmente voltada ao lucro, segundo informou a Reuters. "Se pudesse voltar no tempo, teria aceitado [o capital], mesmo que fosse um pouquinho, apenas para nunca mais ter que responder a essa pergunta", declarou Altman durante sua participação no DealBook.

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