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Japão não brinca e quer construir um supercomputador que deixe a concorrência para trás

Tecnologia pretende alcançar velocidades na escala de zetaFLOPS

Japão quer atingir novo patamar em supercomputadores / Imagem: Xataka México
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Victor Bianchin

Redator

Victor Bianchin é jornalista.

Falar sobre supercomputadores tem se tornado cada vez mais comum. Recentemente, os Estados Unidos venderam um por quase R$ 3 milhões, apesar de seu custo inicial ter sido de R$ 180 milhões. Agora, o Japão busca liderar esse campo, após ser revelado que um dos equipamentos mais potentes do mundo estava na Europa.

Segundo o site TechSpot, o Japão tem a intenção de construir o primeiro supercomputador da classe Z do mundo, capaz de atingir velocidades de processamento mil vezes mais rápidas que as atuais. Esse avanço será possível graças ao projeto Fugaku Next, planejado para o ano de 2030.

A iniciativa, apoiada pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão, pretende alcançar velocidades na escala de zetaFLOPS, o que permitiria realizar sextilhões de cálculos por segundo. Esse desempenho supera amplamente a escala exaFLOPS, que atinge apenas um quintilhão de cálculos por segundo.

A possível potência

O projeto tem um custo estimado de mais de R$ 4,2 bilhões. No entanto, enfrenta um desafio significativo relacionado à eficiência energética. De acordo com as primeiras estimativas, o equipamento precisará de uma quantidade de energia equivalente à produção de 21 usinas nucleares.

Além disso, o Japão planeja enfrentar outros desafios por meio do uso de tecnologias avançadas e colaborações estratégicas com empresas como Fujitsu e RIKEN.

Cabe lembrar que, no passado, o supercomputador Fugaku, predecessor deste projeto, foi posicionado como o mais rápido do mundo entre junho de 2020 e junho de 2022, com um desempenho de 442 petaFLOPS. Atualmente, ocupa a sexta posição na lista do TOP500.

O supercomputador Fugaku O supercomputador Fugaku

Na data desta publicação, o supercomputador mais rápido do mundo é "El Capitan", localizado na Califórnia, EUA, com uma potência de 1.742 exaFLOPS. Em seguida, vem "Frontier", no Tennessee, com uma capacidade de 1.353 exaFLOPS, enquanto "Aurora", desenvolvido pela Intel, ocupa a terceira posição com 1.012 exaFLOPS.

Espera-se que a nova proposta do Japão supere os modelos existentes. No entanto, é provável que seus avanços desencadeiem uma nova corrida tecnológica entre as nações, fomentando um aumento nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento para esse tipo de projeto.

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka México.

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