Os apaixonados por motociclismo devem conhecer a Energica, uma das empresas mais importantes nas corridas de MotoE – agora protagonizadas pela Ducati. As motos Ego foram um verdadeiro marco na categoria, e a empresa buscava firmar seu espaço com um catálogo de motocicletas elétricas.
No entanto, nem o trabalho na MotoE, nem as especificações brutais de suas motos de rua foram suficientes. A Energica decidiu entrar em processo de liquidação judicial, em conformidade com os artigos 121 e seguintes da Lei de Insolvência.
A era de ouro
A Copa do Mundo FIM Enel MotoE foi um dos grandes destaques do MotoGP em 2019. A Energica foi escolhida como fabricante exclusiva para essa categoria, com o modelo Ego Corsa. Protagonizar a divisão elétrica do MotoGP não era tarefa simples, e a popularidade da Energica disparou.
Levando seus modelos para as ruas
Nem tudo era MotoE. A Energica aproveitava as tecnologias desenvolvidas nas corridas para aplicá-las em suas motos de produção em série. Até então, a empresa era, junto com a Zero, uma das grandes promessas no mercado de motos elétricas, destacando-se por sua tecnologia e qualidade.
Apesar disso, os números não acompanharam. A Energica não conseguiu conquistar espaço em vendas e declara falência exatamente dez anos após sua fundação.
O adeus de um gigante
A Energica nasceu em 2014 como Energica Motor Company Srl, embora os planos para criar a empresa remontem a 2009. Em 2021, a empresa relatou ter alcançado uma receita de 13 milhões de euros com seu modelo Experia, registrando um aumento de 200% nas vendas em relação a 2020.
O principal problema, segundo a própria empresa, está na "crise do mercado elétrico e na redução de investimentos no setor", o que comprometeu as capacidades da Energica. Como uma pequena empresa, eles afirmam que os desafios das cadeias de suprimentos atuais também os afetaram gravemente e que, apesar de todos os esforços, não é mais viável manter a empresa ativa.
A moto elétrica ainda é um campo de incertezas
O futuro das motocicletas elétricas permanece instável. No verão de 2024, houve uma queda de 38,4% nas matrículas de motos elétricas, seguindo tendências ainda mais negativas observadas no primeiro trimestre do ano.
Para um melhor contexto, a moto elétrica mais vendida na Espanha em março de 2024 foi a Silence S01, com apenas 55 unidades comercializadas em todo o país. No mesmo mês, a moto a combustão mais vendida foi a Yamaha Nmax, que registrou 1.937 unidades vendidas.
Imagem | Energica
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