Finalmente, vemos o lado mais sombrio do Android; agora, nossos telefones durarão tanto que ficarão lentos novamente

Como será o desempenho de um celular intermediário depois de seis anos de atualizações?

Fabricantes estão garantindo atualizações por muitos anos para seus celulares, mas como ficará o desempenho dos modelos menos potentes? / Imagem: Xataka
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Victor Bianchin

Redator

Victor Bianchin é jornalista.

É um fato que, no passado, o Android era um sistema operacional criticado por seu desempenho deficiente em hardwares mais modestos. Assim como também é verdade que, com o tempo, as atualizações foram refinando o sistema até ele alcançar um grau de maturidade em que todos os dispositivos funcionam como deveriam.

Agora que os fabricantes estão adotando políticas de suporte prolongado por vários anos, é possível garantir que o celular fique sempre atualizado, bastando baixar os patches de segurança e as versões recentes do Android. É uma ótima notícia — mas pode se tornar uma faca de dois gumes.

A incógnita do desempenho

Primeiro foram a Samsung e o Google, e desde então vieram outros. Os mais recentes: a Honor com seu Honor Alpha Plan, e a Xiaomi, que anunciou seis anos de atualizações para seus novos celulares topo de linha. O plano traçado por Google e Qualcomm parece estar surtindo efeito — uma alegria para quem usa o sistema do robozinho verde há anos.

Além disso, não apenas os celulares que usam o Snapdragon 8 Elite entram nessa nova era: a Samsung é o maior exemplo, oferecendo atualizações garantidas por seis anos até mesmo para seus campeões de vendas da linha intermediária e de entrada.

Talvez os aparelhos equipados com o poderoso chip da Qualcomm sofram menos com o passar do tempo. Afinal, o Android, neste momento, também não deve aumentar muito seus requisitos para funcionar bem. No caso dos intermediários da fabricante coreana, porém, surge uma incógnita.

Como funcionará um hardware modesto daqui a seis, sete ou oito anos? Não podemos prever o futuro, mas o ritmo acelerado de evolução (ainda que tenha desacelerado um pouco nos últimos anos) indica que eles não terão o mesmo desempenho que têm hoje.

E isso não é culpa do fabricante (muito pelo contrário — é um luxo que invistam em atualizações) nem do Google com o Android: os aplicativos que usamos diariamente continuarão evoluindo, consumindo mais memória e exigindo mais recursos. Como já foi dito, os modelos topo de linha devem resistir bem ao passar das atualizações; as dúvidas recaem principalmente sobre os dispositivos com menor capacidade técnica.

O que acontecerá, por exemplo, com os Galaxy S25 em 2031? Provavelmente ainda oferecerão uma boa experiência de uso. E os Galaxy A36 e Galaxy A26, que também terão suporte até essa mesma data? Isso, só o tempo dirá.

Seja como for, é uma excelente notícia que os fabricantes tenham se empenhado nesse aspecto: tanto as atualizações do sistema quanto os patches de segurança são cruciais para prolongar a vida útil dos nossos dispositivos.

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.

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