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Ao chegar à Estação Espacial, astronautas russos dão de cara com fedor nauseante que chamam até de "tóxico"

  • Ao abrir a escotilha da base, os cosmonautas notaram um cheiro intenso e pequenas gotas no ar

  • Os russos descreveram como "tóxico", enquanto o astronauta da NASA Don Pettit disse que tinha cheiro de tinta em spray

Estação Espacial Internacional
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Victor Bianchin

Redator

Victor Bianchin é jornalista.

Algo cheira mal na Estação Espacial Internacional desde que uma nave de carga russa chegou à sua posição orbital no final de novembro.

A chegada da nave russa Progress MS-29 à Estação Espacial Internacional ocorreu sem incidentes até que os cosmonautas Aleksei Ovchinin e Ivan Vagner, que já estavam na EEI, abriram a escotilha. Quando isso aconteceu, os dois notaram um cheiro intenso e pequenas gotas no ar, o que os levou a fechar imediatamente o acesso à nave. Segundo o Russian Space Web, os cosmonautas descreveram o cheiro como "tóxico".

Medidas de proteção ativadas

Os cosmonautas russos vestiram seus equipamentos de proteção e ativaram sistemas especiais para purificar o ar no segmento russo da Estação Espacial Internacional.  Ao mesmo tempo, a NASA ativou os sistemas de purificação e controle de contaminantes do segmento norte-americano.

O astronauta Don Pettit, da NASA, percebeu o cheiro a partir do Nodo 3 do segmento norte-americano da Estação Espacial Internacional. Ele relatou aos controladores em terra um cheiro semelhante ao de tinta em spray, mas a NASA não confirmou se essa percepção estava relacionada com a Progress MS-29.

Investigação em andamento

A agência espacial russa Roscosmos está trabalhando para identificar a origem do cheiro e das pequenas gotas observadas ao abrir a escotilha da Progress MS-29.

Também estão sendo realizados procedimentos para abrir de forma segura a escotilha entre o módulo Poisk e a Progress, garantindo que não haja riscos para a tripulação.

Este não é o primeiro problema técnico relacionado a naves russas na Estação Espacial Internacional. Em fevereiro de 2023, uma nave Progress sofreu uma perda de pressurização em seu sistema de resfriamento enquanto estava acoplada à Estação Espacial Internacional.

Também são preocupantes os vazamentos de ar detectados no módulo Zvezda e até três incidentes relacionados a vazamentos nas naves Soyuz (um dos quais foi inicialmente atribuído a sabotagem) e, posteriormente, a um micrometeorito.

Enquanto isso, a Rússia planeja lançar sua própria estação espacial antes da desativação da Estação Espacial Internacional, prevista para 2030.

Imagem | Roscosmos

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