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Astronauta decidiu tirar uma foto da Terra por 30 minutos: o resultado nem parece o nosso planeta

A imagem em questão traz vários detalhes fascinantes

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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência no ramo digital. Entusiasta pela cultura pop, games e claro: tecnologia, principalmente com novas experiências incluídas na rotina. 

Se pensarmos em astronautas famosos por capturar imagens impressionantes do espaço, o nome de Don Pettit, da NASA, imediatamente se destaca.

Uma de suas fotografias chama atenção por mostrar trilhas de luz, uma técnica onde todas as fontes de iluminação aparecem como rastros em forma de linhas, criados através de uma exposição de longa duração.

A imagem em questão traz vários detalhes fascinantes, como a captura simultânea do pôr e do nascer do sol. Além disso, é possível observar rastros circulares de estrelas sobre a Terra e, na parte inferior da foto, distinguir relâmpagos e auroras.

Os segredos por trás da foto

O próprio astronauta destaca vários aspectos dessa imagem. Ele explica que a exposição equivale a uma captura de 30 minutos durante uma noite orbital e foi realizada com uma nova lente grande angular de 15 mm, capaz de capturar um campo de visão mais amplo.

Segundo Pettit, de 69 anos e o astronauta em serviço mais veterano da NASA, uma captura dessa natureza nunca havia sido feita antes. Graças às novas lentes grande angulares rápidas, foi possível realizar observações inéditas.

Pettit explica que os rastros circulares de estrelas sobre o limbo terrestre não são resultado da rotação do planeta, mas sim do movimento orbital da Estação Espacial Internacional (ISS), que depende do eixo de inclinação da estação. Além disso, a imagem revela cidades, relâmpagos, auroras e luminescência atmosférica, que variam entre tons de verde intenso e vermelhos mais sutis.

Original

Para fazer essa foto, o astronauta usou uma câmera Nikon Z9 com uma lente Arri-Zeiss de 15 mm T 1.8. Ele realizou exposições individuais de 30 segundos com o obturador aberto e depois montou tudo no Photoshop, criando uma composição que equivale a uma exposição de 30 minutos.

Isso não é tudo, pois Pettit também mencionou que não conseguiu realizar certos processos adicionais nas imagens, como a subtração de fotogramas escuros ou a eliminação de ruído.

Isso se deve às limitações dos equipamentos atuais a bordo da estação, que têm oito anos de idade e levariam cerca de 30 horas para concluir essas tarefas. Além disso, fatores como a incidência de raios cósmicos nos computadores podem afetar o processo.

O histórico em fotografias espaciais

A experiência de Pettit neste tipo de capturas é extensa, com múltiplas imagens de estelas de luz tiradas a bordo da estação espacial.

Ele também documentou outros eventos em órbita, como o retorno da missão Polaris Dawn no dia 15 de setembro, onde capturou levemente a cápsula Crew Dragon da SpaceX enquanto se aproximava da Terra a grande velocidade após realizar a primeira caminhada espacial totalmente civil.

Pettit também fotografou outras cenas memoráveis, como o reflexo da luz da lua na bacia do Amazonas, na América do Sul, que, segundo ele, simulam “serpentes prateadas que fluem” ou “garras douradas brilhantes”.

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