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Protoclone V1: o robô que transpira e imita movimentos humanos com 1.000 músculos artificiais

Protoclone 1 imita músculos humanos e intensifica os robôs. Imagem: Hardware
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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência no ramo digital. Entusiasta pela cultura pop, games e claro: tecnologia, principalmente com novas experiências incluídas na rotina. 

A Clone Robotics está revolucionando o universo da robótica humanoide com o lançamento do Protoclone V1, um robô que desafia os limites da tecnologia ao utilizar 1.000 músculos artificiais e um inovador sistema de resfriamento inspirado na transpiração humana. Projetado para movimentos fluidos e realistas, o robô promete desempenhar diversas funções domésticas e industriais no futuro.

Uma nova Era?

O diferencial do Protoclone V1 está na sua estrutura inspirada no corpo humano. Em vez de motores elétricos tradicionais, ele conta com atuadores pressurizados, que replicam a contração muscular de forma mais natural. Essa inovação permite que o robô realize gestos suaves e coordenados, eliminando os típicos movimentos mecânicos que costumam marcar robôs convencionais.

A estrutura do robô é composta por ossos de polímero impressos em 3D, garantindo leveza e resistência. Além disso, o design conta com articulações reforçadas, permitindo uma ampla gama de movimentos sem comprometer a estabilidade. Para monitorar cada ação com precisão, um conjunto avançado de sensores captura e ajusta as respostas do robô em tempo real.

Tecnologia inspirada na biologia

O Protoclone V1 utiliza atuadores miofibrilares, um sistema hidráulico e pneumático que simula a função dos músculos humanos. Esses atuadores são formados por tubos de malha pressurizados, que se expandem e contraem conforme o preenchimento com fluido, proporcionando um controle preciso dos movimentos.

Para evitar superaquecimentos, a Clone Robotics desenvolveu um sistema de microcanais de resfriamento, que transporta água ao longo da estrutura do robô, dissipando o calor gerado pelos movimentos contínuos. Essa abordagem inovadora evita falhas térmicas e mantém o desempenho do Protoclone V1 em níveis ideais por longos períodos de operação.

Desafios

Embora o Protoclone V1 impressione pela tecnologia de ponta, ele ainda não é totalmente autônomo. Durante demonstrações, ele tem sido apresentado com suporte de estruturas externas, sugerindo que o equilíbrio dinâmico ainda é um desafio em desenvolvimento. A Clone Robotics admite que os atuadores pneumáticos atuais podem apresentar atrasos nas respostas, mas promete superar essa limitação com futuras versões baseadas em sistemas hidráulicos mais eficientes.

A empresa já planeja o lançamento da versão Clone α (Alpha) para 2025, inicialmente em produção limitada. Segundo a Clone Robotics, essa nova geração de robôs poderá executar tarefas domésticas como lavar louça, cozinhar refeições simples e até aspirar carpetes, abrindo caminho para um futuro onde robôs estarão cada vez mais presentes no cotidiano.

O Design minimalista

Ao contrário de outros robôs que tentam imitar feições humanas, o Protoclone V1 possui um design minimalista, com um visor preto no lugar do rosto. Essa escolha visa evitar o fenômeno da "uncanny valley", que pode causar desconforto quando um robô é realista demais, mas ainda não perfeito o suficiente para parecer humano.

Além disso, a estética simplificada facilita a instalação de sensores e melhora a funcionalidade geral do robô.

Embora o preço do Protoclone V1 ainda não tenha sido revelado, a Clone Robotics acredita que essa tecnologia pode revolucionar diversos setores, desde a automação residencial até o suporte em ambientes industriais.

O futuro promete ser cada vez mais integrado entre humanos e robôs, e o Protoclone V1 surge como um dos primeiros grandes passos nessa direção.

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