Com doze séries e treze filmes em sua trajetória, a franquia Star Trek teve tempo de sobra para imaginar dezenas de artefatos tecnológicos. Evidentemente, nem todos se tornaram realidade, mas alguns já estão presentes em nosso cotidiano, ou ao menos em versões similares. Um exemplo é um material ultrarresistente apresentado em um dos filmes da saga.
Lançado em 1986, Jornada nas Estrelas IV: A Volta Para Casa continua as aventuras do Capitão Kirk, do Sr. Spock e do restante da tripulação da Enterprise, que precisam viajar em uma Ave de Rapina Klingon ao passado para recuperar um casal de baleias-jubarte. Com essa premissa, surge o tema essencial: o alumínio transparente.
Na trama, essas baleias são essenciais para estabelecer comunicação com uma civilização alienígena disposta a destruir tudo na Terra. Diante da dificuldade da missão, Montgomery Scott, o engenheiro da nave, se vê obrigado a ignorar as normas e compartilhar com um fabricante de polímeros e acrílico a fórmula do "alumínio transparente".
Esse material, que inicialmente pertencia apenas ao universo da ficção científica, se tornou realidade, embora com uma mudança sutil no nome: cerâmica transparente. Desenvolvida a partir de um mineral chamado coríndon sinterizado no Instituto Fraunhofer em 2002, ela não só é translúcida, mas também apresenta propriedades semelhantes às mostradas no filme.
Com uma resistência de 630 kN/mm², é três vezes mais dura que o aço estrutural (210 kN/mm²) e muito próxima do valor de 650 kN/mm² mencionado no filme. Além de sua impressionante resistência e dureza, essa cerâmica industrial é altamente resistente a arranhões e ao desgaste.
E como esse avanço é aplicado hoje em dia? Principalmente em rolamentos, ferramentas de corte e componentes de motores nas indústrias automobilística e aeronáutica. No entanto, também tem presença na tecnologia médica por meio da óptica biocompatível, bem como no setor tecnológico, em telas e dispositivos móveis.
Assim, ao longo de mais de 50 anos, Star Trek criou inúmeros cenários futuristas, que, pouco a pouco, podem estar cada vez mais próximos de se tornar realidade graças aos avanços da ciência.
Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.
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