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Dos olivais ao Sol: investigação espanhola descobriu como os resíduos da poda podem transformar a energia solar

O projeto chamado Olivoltaica é financiado pelo Departamento Provincial de Jaén

Painel fotovoltaico
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Victor Bianchin

Redator

Victor Bianchin é jornalista.

Com a chegada do frio, os resíduos da poda se tornam uma fonte de calor adicional. Esta forma de energia, que vem da biomassa, não serve apenas para esse fim, e um projeto na Espanha mostrou isso.

No centro tecnológico Andaltec, foi desenvolvido um revestimento para painéis solares a partir de madeira transparente, que foi obtida dos resíduos de poda dos olivais. O projeto, chamado Olivoltaica, é financiado pelo Departamento Provincial de Jaén e visa substituir os materiais plásticos das células solares por biomassa.

Os revestimentos ópticos derivados da madeira de oliveira melhoram a transmissão e a difusão de luz, o que otimiza a captura de energia solar. Para criá-los, os pesquisadores do Andaltec extraíram componentes da madeira para criar uma estrutura de microfibras de celulose e depois infiltraram um polímero transparente na madeira tratada. O resultado é um material com alta transmitância óptica e capacidade de difusão de luz.

Em prática

A equipe de pesquisadores espera ter uma folha de madeira transparente pronta para testar em módulos fotovoltaicos dentro de um ano. O objetivo do estudo é substituir ou reduzir o uso do vidro nas células solares. Além disso, destacam que o uso da madeira de oliveira pode ter benefícios para reduzir a queima controlada e oferecer novas aplicações em outros setores.

A eficiência dos painéis solares

A eficiência luminosa que incide sobre a célula fotovoltaica gera eletricidade. Em painéis convencionais de silício cristalino, o limite teórico é de 33,7%, enquanto a perovskita, em um estudo, atingiu o limiar de 40%.

Outros benefícios da biomassa

A biomassa pode ter outros usos, como o que propõe a empresa Graphyte de capturar carbono em tijolos compostos de biomateriais. Na Espanha, desde o fechamento das centrais de carvão, a usina de La Pereda, a menor (50 MW), passará a gerar eletricidade utilizando biomassa florestal.

Imagem | Andaltec e Unsplash

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.

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