O Windows controla mais de 70% do mercado de sistemas operacionais para desktop, mas esse produto não é exatamente uma mina de ouro para a Microsoft, pelo menos nos dias de hoje. Há tempos, o Windows deixou de ser a grande estrela da empresa, que acertadamente decidiu investir em inteligência artificial e computação em nuvem.
O Google ganha muito dinheiro graças ao Windows. Satya Nadella, CEO da Microsoft, afirmou recentemente em uma entrevista no podcast Bg2 Pod que “o Google ganha mais dinheiro com o Windows do que toda a Microsoft”. Sua declaração não passou despercebida, já que, por muito tempo, esse sistema operacional foi o produto estrela da empresa de Redmond.
O Windows já não é mais o carro-chefe da Microsoft
No entanto, a empresa fundada por Bill Gates e Paul Allen mudou drasticamente ao longo dos anos. Seu modelo de negócios passou por uma transformação significativa. Embora o Windows tenha sido uma peça fundamental para o sucesso da companhia e ainda mantenha relevância, o foco agora está na inteligência artificial (IA) e na computação em nuvem.
Isso não significa que a Microsoft tenha deixado de se importar com o Windows. A empresa continua investindo nesse produto e espera usá-lo para impulsionar outros serviços e recuperar terreno em áreas onde perdeu batalhas. Essa é, justamente, a razão pela qual o Google estaria ganhando mais dinheiro com o sistema do que seus próprios criadores, graças aos seus produtos.
Um espaço com oportunidades para todos
Com seus prós e contras, o Windows se posiciona como uma plataforma de distribuição onde praticamente qualquer empresa pode oferecer seus próprios produtos. É o caso do Google, que disponibiliza o navegador Chrome nesse sistema e conseguiu superar o Edge, da própria Microsoft.
No podcast, o próprio Nadella admitiu que a Microsoft não fez um bom trabalho no mercado de navegadores. Ele destacou que, apesar das vantagens de controlar a plataforma de distribuição que é o Windows, trata-se de um sistema operacional "aberto", no qual ferramentas concorrentes prosperam em outros setores, como o Gemini no caso da inteligência artificial.
“A perda foi tão grande que agora estamos em posição de tentar novamente e recuperar parte do que foi perdido”, afirmou o CEO da Microsoft. Sem dúvida, a empresa de Redmond tem uma grande oportunidade no campo da inteligência artificial, graças ao Copilot. Resta saber se também conseguirão dar um impulso maior ao navegador Edge e ao Bing.
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