Em dezembro, foi descoberto um esforço mais do que interessante por trás do projeto militar chinês. Lembrando um design soviético e a capacidade de executar ataques devastadores, a China estava progredindo no desenvolvimento de seu bombardeiro nuclear estratégico H-6. Há também registros de um novo "brinquedo" do país: "Orca", um navio militar sem tripulação, cheio de armas.
Drones armados com lasers de alta potência
Pesquisadores liderados por Li Xiao, da Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa da China, desenvolveram um novo dispositivo que permite que pequenos drones disparem lasers de alta potência, uma tecnologia antes considerada impossível em termos de guerra.
Este avanço, descrito no periódico Acta Armamentarii, permite que drones emitam lasers com intensidade suficiente para cortar metal, cegar soldados e destruir equipamentos eletrônicos. Usando um dispositivo leve e compacto, drones podem redirecionar feixes de laser gerados do solo, aumentando sua potência para 30 kW ou mais e permitindo que os feixes se dobrem no ar para superar obstáculos e atacar pontos vulneráveis.
Capacidades militares
O sistema é aparentemente baseado em um dispositivo de redirecionamento composto por tubos telescópicos conectados por espelhos reflexivos de alta precisão, um conjunto que sincroniza o laser emitido pelo solo com o drone.
Tal design elimina a necessidade de dispositivos para transportar equipamentos pesados para gerar energia, resolvendo um desafio técnico que antes limitava a miniaturização de armas a laser. O dispositivo também incorpora tecnologia avançada de isolamento de vibração e sistemas ópticos de alta precisão, ambos essenciais para manter a estabilidade e a precisão do laser durante o voo.
Impacto estratégico e coordenação em campo
Por exemplo, o design permite que vários drones trabalhem em conjunto, detectando alvos e solicitando iluminação a laser do solo para atacar de forma mais rápida e eficiente.
Essa capacidade de coordenar plataformas inteligentes foi impulsionada pelos avanços chineses em tecnologias de sincronização de tempo e lasers de longa distância, como o satélite quântico lançado em 2016. Para se ter uma ideia, no papel isso não apenas melhora a precisão, mas abre as portas para futuros sistemas de armas capazes de combinar energias de diferentes plataformas para gerar feixes ainda mais poderosos.
Desafios e soluções
Os pesquisadores dizem em seu trabalho que um dos maiores obstáculos era mitigar as vibrações geradas pelo voo do drone, que poderia dispersar o laser e reduzir sua letalidade. A equipe de Li desenvolveu tecnologias de isolamento de vibração e sistemas de referência óptica de alta qualidade para garantir uma conexão estável entre o drone e o emissor terrestre. Esses avanços, juntamente com a capacidade de sincronizar plataformas móveis, representam um marco na integração de armas a laser compactas em estratégias militares.
Implicações futuras
Não há dúvidas de que, se a pesquisa for confirmada em campo, a tecnologia desenvolvida pode transformar os campos de batalha modernos, permitindo a implantação de, por exemplo, enxames de drones armados com lasers para realizar ataques rápidos, precisos e devastadores.
Sua capacidade de superar obstáculos, coordenar com emissores terrestres e engajar alvos críticos quase instantaneamente representa uma mudança nas táticas de combate. Além disso, o uso de lasers minimiza os custos de munição e aumenta a sustentabilidade operacional, um fator crucial em conflitos prolongados. O avanço, que parece algo saído de ficção científica, tem o potencial de mudar o equilíbrio do poder militar no mundo.
Imagem | Defence Imagery, Frontier Interdisciplinary Academy/National University of Defence Technology
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