O sucesso de 'Wicked' já é inegável. Fora dos Estados Unidos, é verdade, devido à falta de raízes do musical em que se baseia, praticamente desconhecido do grande público, as receitas são mais fracas do que nos Estados Unidos. De acordo com o site especializado Box Office Mojo, o Brasil ficou na 12ª posição no ranking de bilheteria de Wicked, destaque entre países latino-americanos.
No Brasil, a receita do primeiro final de semana de exibição foi de US$ 1.341.039, e desde então chegou a US$ 4.359.322 Assim, o Brasil é o segundo país da América Latina em arrecadação, ficando atrás apenas do México, com faturamento de US$ 9.886.823.
Nos Estados Unidos, a bomba
Com o passar das semanas, 'Wicked' está quebrando recordes. Com mais de US$ 330 milhões arrecadados em três semanas, já é o quarto musical de maior bilheteria da história, e também o quarto filme a ultrapassar a barreira dos US$ 300 milhões neste ano, junto com sucessos como 'Divertida Mente 2', 'Deadpool e Wolverine' e 'Meu Malvado Favorito 4'. A previsão é que não demore muito para superar este último e entrar no pódio dos três filmes de maior bilheteria do ano.
Não é pirataria, e se for, não importa
Desde o dia da estreia, redes sociais como Twitter ou Tik Tok estão cheias de vídeos gravados com celulares em salas de cinema, que mostram, entre outras coisas, o final épico do filme. Spoiler? Não importa: é uma expressão de pura alegria dos fãs, um gesto de amor tão claro que a Universal não tomou as atitudes típicas contra esses usuários, denunciando o conteúdo para as plataformas derrubarem.
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Conscientes de que não vão cortar esse comportamento pela raiz, as empresas aceitam, porque sabem que a divulgação de fragmentos específicos dos filmes não prejudicará a bilheteria e, em todo caso, despertará a curiosidade de mais espectadores. Como um executivo contou à Variety, "algo aconteceu depois da pandemia: o comportamento nas salas de cinema realmente mudou".
Diferentes relacionamentos
O executivo anônimo especifica o fenômeno, afirmando que os espectadores "têm uma relação diferente com o material, tudo é conteúdo para eles". Mais exemplos: em 'Deadpool e Wolverine' os fãs não apenas enviaram clipes reagindo às múltiplas participações especiais das filmagens, mas o próprio Ryan Reynolds retransmitiu vídeos. Seja uma estratégia comercial ou, simplesmente, que a Universal não se detenha nessas minúcias, a tudo isso se soma um extra: as pessoas não estão apenas torcendo pela tela ou gravando, mas acompanhando as músicas. Cynthia Erivo, a protagonista do filme, concorda com esse comportamento dos fãs que conhecem as músicas.
Mais um sinal de devoção
Há especialistas que descrevem esse comportamento como "intolerável" pelos transtornos que causam, mas os clipes e fotos não param de chegar às redes. Redes como a AMC lançaram anúncios e campanhas que imploram para que o público não cante. O círculo finalmente se fecha com o anúncio da Universal de que no dia de Natal serão lançados 1000 singalongs nos Estados Unidos, filmes com as letras das músicas incluídas e onde o canto é permitido. O fenômeno 'Wicked' ressoa nos cinemas... literalmente.
Capa | Universal
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