Acontece o sexto lançamento do Starship: Space X testou limites do foguete fazendo mudanças durante a reentrada

  • O último voo da geração atual da Starship ocorreu em novembro

  • Todas as modificações foram feitas para testar a resistência da nave Ship 31 durante o pouso

Sexto lançamento da Starship testou escudo térmico menor e novo ângulo de reentrada | Imagem: SpaceX
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Victor Bianchin

Redator

Victor Bianchin é jornalista.

O sexto teste de voo da Starship foi lançado da base Starbase no dia 19 de novembro de 2024, com o objetivo de expandir as capacidades da nave e do propulsor e de ajudar a alcançar o objetivo da empresa de conseguir reutilizar todo o sistema para economizar custos. O propulsor Super Heavy partiu com sucesso no início da janela de lançamento, com todos os 33 motores Raptor funcionando.

Diferentemente do quinto lançamento, que ocorreu ao amanhecer, o sexto voo decolou no meio da tarde em Boca Chica, Texas. O objetivo era permitir gravar com mais luz o pouso da nave no Oceano Índico, que aconteceu ao amanhecer. O voo foi transmitido ao vivo no site da SpaceX e em seu perfil oficial no X.

Primeira reativação de motor em voo

Uma das novidades mais marcantes do sexto voo foi que a Starship 31 realizou a ignição de um de seus seis motores Raptor durante sua trajetória quase orbital no espaço.

Este teste é crucial para futuros voos orbitais, nos quais a nave precisará reacender motores no vácuo para sair de órbita antes do pouso. A SpaceX esperava realizar esse teste no terceiro voo, mas precisou cancelar a reativação devido a um problema que deixou a nave girando em torno de seu eixo durante sua trajetória ao redor da Terra.

Um escudo térmico menor

A Starship 31 não possui placas térmicas nas áreas onde a SpaceX planeja instalar o hardware de captura para futuras naves. Assim como o propulsor Super Heavy, a Starship foi projetada para pousar nos braços de uma torre Mechazilla.

Embora, por enquanto, continue simulando manobras de pouso no Oceano Índico, a SpaceX instalou um novo material secundário sob as placas de cerâmica que protegem a nave. Isso permitirá continuar avaliando opções para melhorar a resistência do escudo térmico durante a reentrada.

Um novo ângulo na reentrada

A reentrada atmosférica continua sendo uma das manobras mais desafiadoras para a empresa. A Starship já sobreviveu algumas vezes ao calor do plasma, mas com danos visíveis ao escudo térmico e nas superfícies aerodinâmicas.

A partir do sétimo voo, quando estreará a Starship de segunda geração, os flaps estarão em uma nova posição. Entretanto, no sexto voo, a Ship 31 fez sua reentrada com um ângulo de ataque maior durante a fase final do descenso. O objetivo foi testar a capacidade das superfícies aerodinâmicas de controlar a posição do veículo, uma manobra crucial para futuras capturas pela torre Mechazilla.

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.

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