Após o escândalo sobre a mudança de "Golfo do México" para "Golfo da América" ​​no Google Maps: a Apple fez o mesmo sem avisar ninguém

Primeiro foi o Google, agora também a Apple. Nos mapas exibidos para usuários nos Estados Unidos, o Golfo do México passou a ser chamado de “Golfo da América”. Segundo a Bloomberg, essa mudança é apenas o primeiro passo — a expectativa é que o novo nome seja implementado globalmente em breve.

A alteração foi feita após o então presidente dos EUA, Donald Trump, assinar uma ordem executiva autorizando a mudança em janeiro. O novo nome foi incluído na base oficial de dados geográficos do governo americano, o GNIS (Sistema de Informações de Nomes Geográficos).

De acordo com o relatório, essa mudança difere da feita no Google Maps, onde os nomes variam conforme a localização do usuário. No México, por exemplo, o rótulo continua sendo “Golfo do México”, enquanto em outros países aparecem as duas versões: “Golfo do México” e, entre parênteses, “Golfo da América”.

Já serviços como Bing e MapQuest, até o momento, não fizeram nenhuma alteração.

O site Mashable destacou que, ao buscar por “Golfo do México” ou “Golfo da América” no app do Mapas para macOS, o mapa continua mostrando “Golfo do México”, mas a janela que aparece com as informações exibe “Golfo da América”. Já na versão beta do Apple Maps no navegador — acessada a partir dos Estados Unidos —, o mapa mostra diretamente “Golfo da América”, embora a barra lateral e o marcador de localização ainda indiquem “Golfo do México”.

Essa não é a primeira vez que a Apple altera seus mapas em resposta a decisões governamentais. Em 2019, a empresa ajustou a representação da Crimeia, passando a identificá-la como território russo em seus aplicativos de mapas e clima — uma mudança que, no entanto, só era visível para os usuários dentro da Rússia.

Mais uma mudança pra lista

No caso do Google, a alteração foi implementada em 10 de fevereiro, sob o argumento de que o nome foi alinhado com as atualizações feitas no GNIS, duas semanas após o decreto assinado por Trump. A justificativa para a mudança foi a intenção de “preservar” o patrimônio nacional.

Na época, o Google afirmou que esse tipo de modificação não é algo novo, mas parte de uma “prática consolidada” da empresa, que adapta os nomes exibidos nos mapas de acordo com os registros oficiais de cada governo.