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NVIDIA acabou de quebrar a equação que previa o futuro da tecnologia, segundo seu CEO. A IA precisa da sua própria Lei de Moore

CEO da NVIDIA, Jensen Huang, diz que seus chips de IA estão progredindo mais rápido do que a Lei de Moore. Isso muda o padrão histórico de avanço tecnológico

Imagem | NVIDIA
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PH Mota

Redator

Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

A inércia brutal da NVIDIA vai além do seu faturamento e do poder de seus chips: ela também se aplica ao seu crescimento exponencial. O desempenho de seus processadores se multiplicou por mil em uma década, quebrando assim a previsão que vinha orientando o desenvolvimento tecnológico desde 1965.

Por que isso importa?

A Lei de Moore, que previa a duplicação do poder computacional a cada dois anos, fica muito aquém da velocidade com que a IA, especificamente a da NVIDIA, está avançando.

Contexto

Jensen Huang disse durante a CES 2025 que seus novos chips são até quarenta vezes mais rápidos em tarefas de IA do que a geração anterior, uma melhoria que destaca a Lei de Moore. "Nossos sistemas estão progredindo muito mais rápido", disse ele ao TechCrunch.

Os dados:

  • O superchip GB200 NVL72 é de trinta a quarenta vezes mais rápido do que seu antecessor, o H100.
  • A NVIDIA reduziu o custo da computação em um milhão de vezes em vinte anos.
  • Uma placa de vídeo de nível básico hoje é 2.359 vezes mais poderosa do que seu equivalente de 2005.
  • Um modelo avançado como o O3 da OpenAI custa US$ 20 por tarefa (para a OpenAI, porque a assinatura de US$ 200 é uma taxa fixa).

Entrelinhas

O domínio absoluto da NVIDIA em chips de IA — aquele que a tornou a empresa mais valiosa do mundo, um trono que se reveza com a Apple — explica o otimismo de Huang. A questão é se ela será capaz de acompanhar esse ritmo de inovação e democratizar a IA.

Indo mais fundo

Huang propõe três novas leis de escala para substituir Moore:

  1. Pré-treinamento: fase inicial em que os modelos aprendem padrões.
  2. Pós-treino: ajuste fino por meio de feedback humano.
  3. Computação em tempo de teste: chave para o raciocínio dos modelos, embora isso aumente os custos.

E agora?

O próximo desafio da NVIDIA será tornar a computação em tempo de teste acessível, vital para modelos como o O3 da OpenAI. Na verdade, uma assinatura mensal do ChatGPT Plus custa o mesmo que uma única tarefa do O3.

Imagem em destaque | NVIDIA

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