Tendências do dia

A geração Z está sendo um desafio para as empresas: 95% dos jovens se viram para se esquivar do emprego

  • A geração Z está entrando no mercado de trabalho com suas próprias normas e valores.

  • Respeitar os horários agora é opcional, não uma responsabilidade.

Gestores têm dificuldade de evitar que trabalhadores Gen Z burlem regras do trabalho
Sem comentários Facebook Twitter Flipboard E-mail
igor-gomes

Igor Gomes

Subeditor

Subeditor do Xataka Brasil. Jornalista há 15 anos, já trabalhou em jornais diários, revistas semanais e podcasts. Quando criança, desmontava os brinquedos para tentar entender como eles funcionavam e nunca conseguia montar de volta.

A geração Z está ocupando posições no mercado de trabalho. Segundo dados do estudo "Mix geracional nas empresas espanholas" elaborado pela Pluxee, a geração Baby Boom e a geração Z igualarão sua presença, com 8% cada uma em 2025. No entanto, ambas as gerações não poderiam ser mais distintas e isso impactará a relação dos mais jovens com as empresas.

Tanto é assim que uma pesquisa revelou que nove em cada dez jovens têm ressalvas em utilizar os recursos da empresa para assuntos pessoais, ou minimizam a importância de respeitar os horários de suas jornadas de trabalho.

As regras estão aí para serem quebradas

Algo que a geração Z demonstrou amplamente é que as normas de etiqueta no trabalho não foram feitas para ela. Segundo os dados obtidos pela PapersOwl após entrevistar 2.000 jovens entre 18 e 34 anos, 95% dos jovens da geração Z afirmaram que era aceitável sair mais cedo do trabalho (ou chegar mais tarde), usar os recursos da empresa para assuntos pessoais e até tirar uma soneca no trabalho.

Outro dado preocupante é que 29% dos membros da geração millennial e da geração Z têm utilizado técnicas de 'catfishing', se fazendo passar por outra pessoa durante uma contratação para depois desaparecer sem deixar rastro, abandonando a empresa que os contratou.

Os horários são opcionais

Sair mais cedo do trabalho é, de longe, a regra que a geração Z mais frequentemente quebra. 34% dos entrevistados afirmam fazê-lo, da mesma forma que chegar atrasado sem aviso prévio, uma prática que é habitual para 18% dos entrevistados.

Por outro lado, 27% dos jovens da geração Z afirmaram ter ligado para avisar que estavam doentes apenas para tirar um dia livre. 11% dos entrevistados disseram ter contabilizado mais horas do que realmente trabalharam no registro de sua jornada.

Confira quais regras os Gen Z aceitam burlar

Ir ao trabalho, mas nem sempre para trabalhar

Aqueles que compareciam ao trabalho no horário determinado não estavam isentos de "fazer trapaças" no trabalho. 11% afirmaram ter tirado um cochilo durante as horas de trabalho. Quatro em cada dez jovens relataram praticar o "coffee badging". Ou seja, registrar presença no trabalho apenas pelo tempo necessário para tomar um café e estar presente, para evitar a normativa de retorno ao escritório, e depois se deslocar para trabalhar de outro lugar.

Entre os motivos que os levam a fazer isso, 66% afirmaram que é pelo desejo de obter maior flexibilidade na jornada de trabalho, enquanto 44% preferem trabalhar de um lugar mais confortável, ou 32% optam por trabalhar em um ambiente menos propenso a interrupções.

Férias silenciosas

O relatório Out of Office Culture Report, elaborado pelo The Harris Poll em maio de 2024, indicou que cerca de 40% dos jovens millennials e da geração Z já haviam tirado "férias silenciosas". Esse termo refere-se a dar a entender que se está ativo, quando na verdade se está tirando um dia livre (ou vários) sem o consentimento da empresa.

Os dados da PapersOwl vão um pouco além. Revelaram que 51% dos jovens da geração Z o fizeram entre uma e três vezes no último ano, enquanto 4% dos entrevistados o fizeram mais de cinco vezes nos últimos 12 meses. 52% argumentam que o fizeram para se recuperar do estresse ou evitar o burnout.

Inicio