F-35 Lightning II ou Eurofighter Typhoon? Essa é a escolha que alguns países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) costumam precisar fazer ao comprar novos aviões de combate. A escolha está longe de ser simples, já que diversos fatores entram em jogo, como as necessidades operacionais, os custos de aquisição e manutenção e as opções de atualização.
Embora o F-35 se destaque por ser a única dessas opções de quinta geração, o Eurofighter, que realizou seu primeiro voo em 1994, parece estar mais ativo do que nunca. Giancarlo Mezzanatto, CEO do consórcio de fabricantes que mantém o programa, afirmou em 2024 que o avião de combate estava passando por um "renascimento". Por fim, o caça europeu encerra 2024 com uma onda de pedidos que confirma essa declaração.
O Eurofighter Typhoon acumula pedidos
Há cerca de seis meses, o chanceler alemão Olaf Scholz anunciou a compra de 20 aviões Eurofighter. Apesar de o social-democrata ter perdido recentemente o voto de confiança do Parlamento, a negociação pode continuar mesmo que o governo mude de mãos. Já a Espanha oficializou em dezembro a aquisição de 25 novos caças europeus com o objetivo de “reforçar as capacidades para o Exército do Ar e do Espaço”.
Em seguida, foi a vez da Itália, que fez um pedido de 24 Eurofighters. Nesse caso, as novas unidades servirão para substituir as primeiras versões do Eurofighter (Tranche 1), que ainda estão em serviço. Além disso, veículos como a agência de notícias Xinhua indicaram que a Turquia tem interesse em adquirir 40 unidades do caça europeu, embora isso ainda não tenha se concretizado.
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Os últimos compradores do Eurofighter Typhoon terão que esperar para receber seus aviões. Como costuma acontecer nesse tipo de cenário, as entregas só começam anos depois, então provavelmente teremos notícias mais concretas no final desta década. Vale destacar que tanto a Alemanha quanto a Itália também encomendaram aviões F-35, diferentemente da Espanha.
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Lembremos que o Eurofighter é um consórcio formado pela Airbus (Alemanha e Espanha), BAE Systems (Reino Unido) e Leonardo (Itália). Um fato curioso é que o Reino Unido não compra caças Eurofighter Typhoon desde 2009 e está se desfazendo de suas unidades mais antigas.
De modo geral, o Eurofighter Typhoon é um caça projetado para velocidade e manobrabilidade. Ele pode atingir mais de 2.400 km/h e tem uma autonomia de 2.900 km. Embora seja uma aeronave de baixa visibilidade, o seu ponto forte não é a furtividade — essa, no caso, é a característica principal do F-35, que integra tecnologia de última geração e pode compartilhar dados em tempo real com outros sistemas de armas.
Apesar de ser um "relâmpago", o F-35 atinge uma velocidade máxima de 1.931 km/h e tem um alcance de 2.100 km. Ambos os caças podem realizar ataques com uma ampla variedade de armamentos. Como podemos observar, são aviões com diferenças notáveis. De qualquer forma, qualquer uma das duas opções pode ajudar as forças armadas dos países operadores a atender aos requisitos de defesa da OTAN.
Imagens | Airbus | Leonardo | BAE Systems
Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.
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