Não adianta discutir se a mudança de nome de 'FIFA' foi uma boa ou má ideia, porque a EA não teve escolha: desde o ano anterior ao 'FIFA 23', ou seja, desde 2023, a EA teve que abandonar a marca da federação e lançar jogos com seu próprio nome. O nome escolhido foi 'EA Sports FC' e como era de se esperar desde o primeiro momento, as vendas não estão acompanhando.
Desentendimentos entre grandes
Em maio de 2023, 'The New York Times' noticiou que o acordo para estender o uso do nome da federação no título dos jogos da EA não estava nos planos, após um contrato de uma década. Essa seria a única mudança palpável, porque o que está por dentro do jogo permaneceria o mesmo, já que clubes e jogadores são licenças que são negociadas com os respectivos times, ligas e copas.
O dinheiro, sempre o dinheiro
Uma das possíveis causas do desentendimento pode ser a intenção da FIFA de dobrar os 150 milhões de euros por ano que cobrava da EA. A empresa também estava descontente com a exigência da FIFA de permitir que ela associasse sua marca a outros produtos digitais, incluindo outros videogames, algo que também acabou fazendo. O desastre financeiro, em todo caso, foi previsto: quando em 2021, a EA considerou mudar o nome da franquia, as ações da empresa despencaram.
"Não é o que queríamos ou esperávamos."
Foi assim que a EA tentou suavizar seus resultados financeiros para o terceiro trimestre de seu ano fiscal, nas palavras de seu CEO Andrew Wilson, que teve menos escrúpulos em apontar um culpado: a "baixa lucratividade temporária" do 'EA Sports FC 25'. Isso foi visto chegando desde um pré-anúncio dos resultados no mês passado, onde também foram apontados resultados decepcionantes da franquia 'Dragon Age' como causa das perdas. Entre essas perdas estão uma queda de 3% nos lucros.
A culpa é do futebol
De acordo com a EA, sua franquia de futebol experimentou "um declínio de 5% ano a ano neste terceiro trimestre", o que se traduziu em vendas "abaixo do esperado". Significativamente, a EA detectou que os jogadores permaneceram no período de férias jogando as versões anteriores da franquia. Segundo a empresa, um patch de 16 de janeiro gerou uma retenção de jogadores maior do que o esperado, o que pode se traduzir em melhores resultados para o último trimestre do ano fiscal, especialmente se eles forem pessimistas.
O peso de uma marca
Considerando que a evolução dos jogos em si foi mínima, ou no máximo, não mais perceptível do que na virada de outros anos, fica claro até que ponto a marca FIFA, por mais absurda que pareça, é relevante nas vendas do jogo. Este gráfico de Sherwood deixa bem claro: a queda nas buscas no Google pelos títulos dos jogos dos anos de 2024 e 2025 é evidente porque no final, 'FIFA' é 'FIFA', e quando não é 'FIFA'... Bem, é uma coisa pequena.
Imagem | EA
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