Ozempic logo se tornará uma coisa do passado: aqui está o que sabemos sobre a nova geração de medicamentos para perda de peso

Novo Nordisk e Eli Lilly estão preparando fórmulas novas e cada vez mais avançadas

Imagem | Haberdoedas / i yunmai
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PH Mota

Redator

Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

Muitas empresas farmacêuticas e laboratórios trabalham há meses buscando replicar o sucesso de medicamentos como Ozempic, Wegovy ou Zepbound. Todos são baseados em compostos originalmente concebidos como tratamentos contra diabetes (semaglutida e tirzepatida) que acabaram tendo sucesso como método para perder peso.

As empresas farmacêuticas responsáveis ​​por estes também não pararam de trabalhar.

Nova geração

A Novo Nordisk, empresa dinamarquesa responsável pelo desenvolvimento do Ozempic e seu composto ativo semaglutida, anunciou recentemente novos avanços nos testes clínicos do CagriSema, um medicamento que combina semaglutida com outro composto similar, a cagrilintida.

Agora a farmacêutica anunciou mais uma novidade no desenvolvimento da nova geração de medicamentos capazes de combater o diabetes e ajudar a reduzir peso: um acordo de licenciamento exclusivo para o UBT251, um triplo agonista associado a três receptores diferentes. E o grupo dinamarquês não é o único farmacêutico nessa corrida.

CagriSema

Há alguns meses, a Novo Nordisk nos deu novos detalhes sobre o CagriSema. Este é um medicamento à base de cagrilintida, um composto que emula a amilina (e também a calcitonina), de forma semelhante a como a semaglutida emula o peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1 (GLP-1).

REDEFINE 2

Em seu último anúncio, a Novo Nordisk relatou alguns resultados dos ensaios REDEFINE 2, a terceira fase dos ensaios clínicos que testaram a segurança e a eficácia do novo medicamento combinado. O ensaio estudou esses fatores ao longo de 68 semanas em mais de 1,2 mil participantes.

O ensaio mostrou que a perda média de peso do grupo em tratamento foi de 15,7%, consideravelmente maior do que a perda de peso do grupo placebo, que foi de 3,1%.

Os resultados detalhados dos ensaios clínicos do programa REDFINE (REDEFINE 1 e REDEFINE 2) serão apresentados ainda este ano, enquanto a data que a empresa lida para a aprovação desses tratamentos pelas agências reguladoras é o primeiro trimestre de 2026.

Triplo agonista

Talvez o prato principal ainda esteja por vir. Nesta semana, a empresa farmacêutica dinamarquesa também anunciou um acordo de licenciamento exclusivo para um novo composto, por enquanto conhecido como UBT251.

Até agora, já tínhamos medicamentos agonistas duplos, como a tirzepatida, o composto por trás dos medicamentos Zepbound e Mounjaro da farmacêutica americana Eli Lilly. Eles funcionam como análogos dos hormônios GLP-1 e GIP, mas não do glucagon.

Novo acordo

O acordo foi assinado entre a Novo Nordisk e o laboratório chinês United Biotechnology. Pelo contrato, este último manterá os direitos de desenvolver, fabricar e comercializar o medicamento na China continental, Hong Kong, Macau e Taiwan; enquanto a União Europeia será responsável por essas atividades no resto do mundo.

Em fuga

A Novo Nordisk foi a farmacêutica que abriu o melão de medicamentos antidiabéticos convertidos em tratamentos para perda de peso, mas pode não ser a líder na corrida para alcançar o medicamento agonista triplo, a nova geração de medicamentos da família Ozempic. A empresa americana Lilly está avançando no desenvolvimento do Retatrutida, que já está na fase III de seus ensaios clínicos.

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