Atualmente, ninguém tem a resposta de como será a implementação da IA nas empresas e seu impacto no mercado de trabalho. Os dados e os estudos sobre esse impacto se tornam obsoletos à medida que a IA adquire novas habilidades.
No entanto, vozes bem documentadas, como a de Jensen Huang, CEO da NVIDIA, e Bill Gates, apostam que a implementação mais provável será a dos chamados "agentes de IA". Huang afirmou no podcast No Priors que "todos trabalharemos junto aos agentes de IA. Não há dúvida de que teremos empregados de IA de todos os tipos".
No entanto, vozes bem documentadas, como a de Jensen Huang, CEO da NVIDIA, e Bill Gates, apostam que a implementação mais provável será a dos chamados "agentes de IA". Huang afirmou no podcast No Priors que "todos trabalharemos junto com agentes de IA. Não há dúvida de que teremos empregados de IA de todos os tipos".
Agentes hiperespecializados
A abordagem de Jensen Huang sobre a implementação da IA no trabalho não envolve uma AGI (Inteligência Artificial Geral) com conhecimentos gerais, mas sim pequenos agentes especializados em áreas muito específicas, que atuam, essencialmente, como duplicatas digitais do que hoje seriam os trabalhadores qualificados. Ou seja, modelos de IA com um conhecimento altamente especializado em áreas delimitadas.
Na verdade, Jensen Huang tem utilizado em várias intervenções recentes o termo "empregados de IA" para se referir a esses agentes de IA, especificamente treinados para desenvolver uma tarefa determinada.
IA colaborativa
O executivo da NVIDIA acredita que os "empregados de IA" serão gerenciados da mesma forma que as equipes compostas por pessoas são gerenciadas atualmente: um determinado projeto será definido, e diferentes "empregados digitais" serão selecionados para trabalhar de forma conjunta entre si, estabelecendo conversas com outros agentes de IA e com funcionários humanos, assim como acontece hoje em dia nas equipes.
O CEO da NVIDIA também compartilhou essa visão do futuro do emprego no podcast BG2 Pod, onde os próprios agentes de IA pediriam colaboração de outros agentes especializados à medida que os projetos fossem sendo desenvolvidos.
"[O trabalho em equipe] não será diferente com os empregados digitais e de IA de todos os tipos, então teremos pessoas de marketing de IA, designers de IA, cadeia de suprimentos de IA. Eu espero que a NVIDIA um dia seja 'biologicamente' maior, mas também, sob a perspectiva de inteligência artificial, muito maior. Essa é a nossa empresa do futuro", afirmou Huang durante sua entrevista.
Gates também acredita que são o futuro
Há apenas alguns dias, Bill Gates também propôs essa forma de integração da IA no ambiente de trabalho, não tanto como copiloto genérico para realizar tarefas, mas como agentes especializados em uma área específica.
Ambos os bilionários concordam que esses empregados digitais podem atuar em áreas de conhecimento muito distintas.
Mas o mais importante é que eles abrem uma nova via de negócios para empresas especializadas que oferecem esses "empregados digitais" como um serviço SaaS (Software as a Service). "Eu poderia contratar um milhão de engenheiros (digitais) da Synopsis para me ajudar com um novo chip e depois contratar um milhão de engenheiros (digitais) da Cadence para me ajudarem, e esse é um futuro empolgante para mim", disse Huang ao No Priors.
Os desenvolvedores já se movimentaram
A abordagem de Jensen Huang e Bill Gates sobre modelos de IA hiperespecializados, que atuam como "módulos" integrados a uma equipe empresarial, coincide com as movimentações estratégicas de algumas empresas de tecnologia.
A Microsoft começou a criar agentes de IA autônomos para tarefas específicas, integrando-os na sua plataforma Dynamics 365. Um dos exemplos mais recentes é a Salesforce, que está fazendo isso com seu assistente de vendas e CRM Lightning.
Não vão substituir as pessoas
Na opinião de Huang, esses agentes devem ser vistos como uma nova ferramenta para tornar os funcionários mais eficientes, e não para substituí-los, embora ele reconheça que isso mudará a forma como cada trabalho é realizado.
"[Os agentes de IA] ajudam a ser mais produtivos e a fazer coisas que, de outra forma, não poderíamos fazer. Por isso, acredito que, para todos os funcionários, o que eu diria é que aproveitem essa ferramenta e a experimentem. E, em relação aos empregos, eu diria que é muito provável que todos os nossos empregos mudem. De que maneira? Bem, meu trabalho vai mudar a forma como será feito no futuro", afirmou Huang em uma entrevista em julho.
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