A chegada do Steam Deck, o console portátil da Valve, impulsionou significativamente o sistema operacional da empresa que criou o Half-Life. Ao torná-lo disponível para mais usuários, o SteamOS se posicionou como alternativa viável para aqueles que preferem não usar o Windows. De fato, Pierre-Loup Griffais, um de seus criadores, expressou claramente que o SteamOS não busca substituir o Windows e "ele tem objetivos e prioridades diferentes".
Em entrevista recente ao Frandroid, Pierre-Loup, desenvolvedor do SteamOS, compartilhou detalhes sobre o futuro do sistema operacional. Ele afirmou que não tem a intenção de substituir o Windows. Em suas palavras, "se um usuário está satisfeito com o Windows e tem uma boa experiência, não há razão para mudar". No entanto, a Valve está procurando oferecer uma alternativa sólida para aqueles que buscam recursos e funcionalidades específicas, como maior personalização e uma experiência de jogo "mais simplificada".
"Não acho que o objetivo seja ter uma certa fatia de mercado ou forçar os usuários a abandonar o Windows. Se um usuário tiver uma boa experiência no Windows, sem problemas. Acho interessante desenvolver um sistema que tenha objetivos e prioridades diferentes, e se ele puder se tornar uma boa alternativa para um usuário de desktop tradicional, ótimo. Ele lhe dá escolha. Mas não é um objetivo em si converter usuários que já têm uma boa experiência."
Essa visão se alinha com a decisão recente da Valve de permitir que o SteamOS seja instalado em qualquer dispositivo compatível. O sistema operacional agora pode ser baixado diretamente do site oficial e, em colaboração com a Lenovo, o primeiro portátil para jogos foi lançado, fora do Steam Deck, que vem com o SteamOS pré-instalado. É um marco importante no caminho para um futuro em que os laptops para jogos oferecem este sistema operacional como uma opção viável, expandindo assim as possibilidades para os usuários.
Embora o SteamOS ofereça vantagens como menor carga de processamento em segundo plano e otimização mais direta para jogos do Steam, é importante considerar algumas limitações. Uma das principais é o suporte para APIs gráficas. Sendo baseado em Linux, o SteamOS não tem suporte nativo para DirectX 12, uma API essencial para desempenho em muitos jogos mode gh000r000000 hnos. Isso significa que os desenvolvedores devem fazer adaptações adicio0nais para que seus títulos funcionem corretamente neste sistema operacional, o que pode impactar o desempenho e a disponibilidade de certos recursos.
Esse foi um dos principais obstáculos enfrentados pelas primeiras Steam Machines, especificamente na otimização do software em termos de APIs gráficas. Ao usar uma versão inicial do SteamOS baseada em Linux e Vulkan, alguns problemas de desempenho e compatibilidade foram apresentados. A falta de otimização específica de hardware para Steam Machines, especialmente no que diz respeito a tal API, limitou o potencial dessas máquinas e contribuiu para uma adoção mais lenta do que o esperado. No entanto, as lições aprendidas nesse processo foram fundamentais para o desenvolvimento do Steam Deck, que tem uma implementação muito mais madura do Vulkan otimizada para seu hardware.
"Na verdade, toda a infraestrutura que usamos vem de lá e tem sido constantemente desenvolvida: Steam Input, Vulkan API, Big Picture... No final, todas as outras partes eram praticamente substituíveis. Raramente tivemos que reescrever ou começar algo de novo – o trabalho se acumulou. O que significa que foram realmente 12 anos para chegar aqui, e ainda há anos de desenvolvimento para atingir nossos objetivos."
Vale ressaltar que no momento o único dispositivo com SteamOS instalado fora do Steam Deck é o Lenovo Legio GO S e GO 2, mais laptops com esse sistema operacional devem chegar em breve.
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