A Lua tem seu próprio “Grand Canyon”, e em dobro. Só que esses dois cânions não foram causados pela lenta erosão de um rio como aconteceu no estado americano do Colorado: 15 minutos de destruição foram suficientes para deixar essas duas enormes cicatrizes na superfície da Lua.
15 minutos de destruição
Um novo estudo analisou em detalhes duas enormes faixas geológicas localizadas nas imediações do polo sul da Lua. A análise determinou, entre outras conclusões, que elas foram formadas pelo impacto de um asteroide ou cometa e que o impacto foi tão intenso que esses cânions foram formados em menos de 15 minutos de destruição.
Seus nomes são Vale de Schrödinger e Vale de Planck e são duas enormes faixas geológicas que irradiam em linha reta a partir de um ponto localizado na bacia de Schrödinger, perto do Polo Sul lunar, não muito longe do local escolhido pela NASA para o retorno dos humanos à Lua.
O novo estudo nos ofereceu novos dados sobre a magnitude e características morfológicas dessas duas feridas na superfície do nosso satélite. Esses dois cânions têm 270 e 280 quilômetros de comprimento e 2,7 e 3,5 quilômetros de profundidade, respectivamente.
Uma força descomunal
Além de analisar as características dessas duas faixas, o estudo tentou dimensionar o impacto que as formou. Ao estudar a forma como essas faixas foram escavadas, os cientistas determinaram que o processo durou entre 4,9 e 15 minutos em um dos casos e entre 5,2 e 15,4 minutos no outro. Ou seja, bastaram cerca de 10 minutos para que o impacto arrasasse toneladas e toneladas de rocha lunar.
Segundo explica a equipe responsável pelo estudo, a energia necessária para produzir esses cânions teria sido 700 vezes maior que a liberada pelos testes nucleares da China, EUA e URSS, e 130 vezes maior que a energia no inventário mundial de armas nucleares atualmente. Os detalhes do estudo foram publicados em um artigo na revista Nature Communications.
Imagem | NASA\SVS\Ernie T. Wright
Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.
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