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Expansão da energia renovável chinesa faz com que país instale painéis além do continente

O projeto ocupou uma área de aproximadamente 1.223 hectares, localizada a oito quilômetros da costa de Dongying, em Shandong

Energia solar offshore na China
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Victor Bianchin

Redator

Victor Bianchin é jornalista.

A China tem ampliado sua capacidade de energia renovável, principalmente apostando em megaconstruções. Após expandir a produção de energia solar por toda a superfície de seu território, agora é a vez de o país explorar seu litoral.

A estatal CHN Energy Investment Group (CHN Energy) instalou na China seu primeiro projeto em larga escala de energia solar marítima, com 1 gigawatt (GW), em mar aberto. Juntamente com sua subsidiária Guohua Energy Investment, ela concluiu a instalação do parque solar, que foi conectado com sucesso à rede elétrica e começou a gerar energia no distrito de Kenli, na província de Shandong, no leste da China.

2.934 plataformas solares

O sistema fotovoltaico utiliza plataformas com estrutura de aço e é o primeiro de seu tipo com construção de fundações fixas. O projeto ocupou uma área de aproximadamente 1.223 hectares, localizada a oito quilômetros da costa de Dongying, em Shandong.

Cada plataforma tem 60 metros de comprimento e 35 metros de largura. Além disso, este projeto fotovoltaico inclui um cabo submarino de 66 kV emparelhado com um cabo terrestre, sendo a primeira vez que isso é utilizado no mercado chinês.

Embora o parque já tenha começado a fornecer energia, as previsões indicam que, no futuro, ele poderá alcançar a geração de 1.780 milhões de quilowatts-hora de eletricidade por ano. Essa quantidade de energia seria equivalente a economizar 503.800 toneladas métricas de carvão padrão (usado nas termelétricas).

Mais do que eletricidade

O parque solar marítimo inclui um modelo de integração entre a pesca e a energia solar. Esse tipo de desenvolvimento, que combina energia renovável marítima com aquicultura, já foi implementado na China em outro projeto com energia eólica offshore.

Uma das projeções da estatal CHN Energy é reduzir as emissões de dióxido de carbono em mais de 1,34 milhão de toneladas por ano. Recentemente, um gráfico global revelou que 31% das emissões globais vêm da China. A dependência do carvão ainda continua dificultando a trajetória do país rumo à transição energética.

Imagem | CHN Energy

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.

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