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Ao contrário do ano passado, a colheita de azeitonas foi ótima; mas não vamos ver diferença no preço

As estimativas indicam uma produção de mais de 1,26 milhões de toneladas.

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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência no ramo digital. Entusiasta pela cultura pop, games e claro: tecnologia, principalmente com novas experiências incluídas na rotina. 

O azeite de oliva, em suas diversas versões, é um pilar fundamental nas cozinhas e também para a economia de quem trabalha com a olivicultura.

A seca enfrentada pela Península no ano passado, e que ainda afeta algumas regiões, representou uma ameaça à produção do precioso líquido. Após mais de um ano de crise, a situação parece estar voltando ao normal.

48% mais de azeite

As estimativas preliminares do Ministério da Agricultura indicam um aumento previsível na produção de azeite de oliva para a safra 2024-2025. A produção nacional ultrapassará (se as estimativas estiverem corretas) a marca de 1,26 milhão de toneladas. Isso representa um aumento de 48% em relação à safra anterior.

A seca causou um ano atípico, portanto, esse aumento pode ser considerado, pelo menos em parte, como um simples retorno à média. Mas não é totalmente assim, pois os números do Ministério também indicam uma produção 4% acima da média das últimas sete safras.

Os dados são preliminares e, explica o Ministério, serão atualizados conforme a colheita avance. A colheita teve início no mês de novembro.

Questão de meteorologia

Por trás dessa mudança na tendência estão as chuvas que, este ano, deram um alívio ao campo em grande parte do país. A chegada das chuvas na primavera não apenas ajudou a recuperar os níveis de água nos reservatórios, mas também garantiu o acesso à irrigação para muitas culturas.

Reservas escassas

Ainda faltam vários meses desde a colheita das primeiras azeitonas até a chegada do azeite aos supermercados. Enquanto isso, ainda restam cerca de 186.000 toneladas de azeite de oliva da temporada passada.

Esse número é baixo se comparado às reservas de temporadas anteriores, que, em média, costumavam ficar em torno de 400.000 toneladas.

Otimismo com limites

Os números mostram otimismo, mas os benefícios demorarão a chegar aos consumidores e talvez não sejam tão evidentes quanto foram os aumentos no preço do azeite em determinado momento. Há vários motivos para isso.

O primeiro é que a colheita ainda não começou, né? Faltam algumas semanas para que a coleta dos frutos comece, mas ainda serão necessários meses até que o produto final chegue às nossas cozinhas, e, por enquanto, ficamos com o estoque do ano passado.

Os incentivos para os intermediários reduzirem os preços não estão tão claros, pois isso dependerá, em grande parte, de como a demanda evoluirá. Além disso, é preciso considerar a inflação dos últimos meses, que aumentou os custos, tanto na produção quanto no transporte dos produtos.

Mudando os hábitos

Como falamos antes, o preço também vai depender da demanda. O aumento nos preços nos últimos meses acabou afetando a forma como a gente escolhe entre os azeites disponíveis.

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