Existe um planeta escondido dentro de Júpiter, mas os cientistas afirmam que ele desafia as leis da física que conhecemos

Júpiter é o maior e mais antigo planeta do nosso sistema solar e tem o dia mais curto do sistema solar, levando cerca de 9,9 horas para girar uma vez em seu eixo.

Júpiter tem um planeta rochoso dentro dele? Imagem: NASA
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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência no ramo digital. Entusiasta pela cultura pop, games e claro: tecnologia, principalmente com novas experiências incluídas na rotina. 

Ele é o maior planeta do Sistema Solar, composto quase inteiramente por gás. Mas, no meio de tanta turbulência atmosférica e tempestades colossais, os astrônomos descobriram algo que desafia o senso comum: existe um planeta rochoso escondido dentro de Júpiter.

Sim, apesar de sua aparência nebulosa e impenetrável, Júpiter abriga um núcleo sólido, possivelmente formado por rocha ou gelo, soterrado sob camadas e mais camadas de hidrogênio e hélio.

Esse "coração" denso seria o que resta de um planeta primitivo, engolido pela própria matéria que ele ajudou a atrair durante sua formação.

Como seria esse planeta dentro de Júpiter?

A resposta ainda está longe de ser definitiva. A estrutura interna de Júpiter permanece envolta em mistério, mas evidências recentes sugerem que esse núcleo pode ser maior do que se imaginava e com uma composição surpreendentemente complexa. Estima-se que ele esteja cercado por uma espessa camada de hidrogênio metálico líquido, uma substância exótica criada sob pressões tão extremas que o hidrogênio — normalmente um gás — passa a se comportar como metal.

Além disso, a força gravitacional de Júpiter, uma das mais intensas do Sistema Solar, só seria possível com a presença desse núcleo maciço. É ele que sustenta toda a estrutura do planeta e ajuda a mantê-lo estável, mesmo em meio a tanta turbulência.

Um planeta dentro de outro?

Essa ideia pode parecer ficção científica, mas reflete uma realidade que os cientistas vêm estudando há décadas. Júpiter se formou a partir da mesma nuvem de gás e poeira que deu origem ao Sol, acumulando material em quantidades colossais.

Acredita-se que, no início de sua formação, um planeta rochoso — semelhante a uma super-Terra — tenha servido de "semente gravitacional", atraindo gás ao seu redor até se transformar no gigante que conhecemos hoje.

Hoje, Júpiter é composto por aproximadamente 90% de hidrogênio, 10% de hélio, além de traços de metano, amônia, água e partículas rochosas. É uma verdadeira cápsula do tempo da origem do Sistema Solar.

Júpiter também é o mais antigo dos planetas do nosso sistema, e seu tamanho impressiona: se fosse oco, seria possível colocar mil Terras dentro dele. E, curiosamente, apesar de sua imensidão, tem o dia mais curto do Sistema Solar, levando apenas 9,9 horas para dar uma volta completa em seu próprio eixo.

Chegar até esse núcleo? Improvável. Entender sua natureza? Essencial.

A pressão no interior de Júpiter é tão absurda que esmagaria qualquer sonda humana muito antes de chegar ao centro. Mas novas missões e modelos matemáticos continuam a revelar pistas. E, aos poucos, vamos desenhando o contorno de um planeta que vive dentro de outro — uma ideia que, até pouco tempo atrás, parecia impossível.

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