"Não há como rastreá-lo, boa sorte"; uma pessoa usou um Xbox 360 para ganhar R$ 2 milhões e enfrentou o FBI

Xbox 360 foi utilizado para negociações investigadas pelo FBI
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PH Mota

Redator

Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

O uso de tecnologias para realizar atos ilícitos é um tema recorrente nos últimos anos, onde vimos casos como o do jovem hacker da Rockstar com um Fire Stick para disseminar conteúdo do GTA VI. No entanto, há um que usou um Xbox 360 para fugir com cerca de R$ 2 milhões. É o caso de Anthony Viggiano, ex-analista da Goldman Sachs de 27 anos, que enfrentou sérias acusações do FBI devido à sua suposta participação em um esquema de negociação com informações privilegiadas.

De acordo com as investigações, Viggiano compartilhou dados financeiros confidenciais com seus amigos Christopher Salamone e Stephen Forlano, que aproveitaram essas informações para fazer investimentos estratégicos e obter grandes benefícios econômicos. Em vez de usar canais convencionais como ligações telefônicas ou mensagens de texto, os envolvidos usaram o chat de voz do console Xbox 360 para discutir detalhes sensíveis.

Isso foi revelado por meio de uma reportagem do The Verge, onde comentam que o FBI sustenta que o grupo se beneficiou de informações internas de empresas como a ChannelAdvisor, especializada em soluções para comércio eletrônico e marketing digital. Graças a esses dados privilegiados, eles teriam obtido lucros de até US$ 400 mil (cerca de R$ 2,3 milhões). No entanto, apesar da aparente segurança de seu método, as autoridades conseguiram descobrir o esquema após analisar mensagens em redes sociais e e-mails entre os envolvidos para condená-lo a 28 meses de prisão.

Embora o chat de voz do Xbox 360 não deixe registros facilmente acessíveis, a comunicação anterior entre os réus serviu como evidência fundamental para conectar os pontos. Este caso destaca a criatividade de alguns criminosos em tentar escapar da vigilância das autoridades. O uso de tecnologias antigas ou não convencionais com a intenção de evitar rastros digitais está se tornando uma tática comum em diferentes tipos de crimes.

Por outro lado, este incidente também levanta questões sobre a capacidade das agências de segurança de se adaptarem às novas estratégias criminosas. Embora o FBI tenha conseguido desmantelar o esquema por outros meios desta vez, a dificuldade em rastrear conversas em plataformas menos convencionais representa um desafio na luta contra crimes financeiros. Um dos casos mais notórios desse tipo de prática foi o que a Apple teve contra o Federal Bureau of Investigation, no qual eles forçaram os fabricantes de iPhones a desbloquear o aparelho para acessar dados sobre os crimes realizados.

Original

À medida que a tecnologia avança, os criminosos buscam novas maneiras de operar sem serem detectados. Este caso é um lembrete de que nenhuma plataforma é completamente segura ou imune à vigilância, e que mesmo os métodos mais engenhosos podem ser descobertos com o tempo.

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