'Crepúsculo' e 'Jogos Vorazes', goste ou não, marcaram época. Sua estética, seus enredos e até mesmo sua lógica industrial (uma saga literária de sucesso, geralmente de autoria feminina, adaptada para o cinema com a pretensão de abrir uma saga) plantaram uma série de sementes que se uniram em um bom número de sagas como a também semifracassada 'Divergente', embora poucas tenham alcançado a fama das duas franquias de maior sucesso.
De fato, a própria Stephanie Meyer, autora de 'Crepúsculo', lançou um experimento com ficção científica. O resultado foi ‘A Hospedeira', sucesso editorial que foi rapidamente adaptado para o cinema. O filme, dirigido por Andrew Niccol (autor de 'Gattaca' e roteirista de 'The Truman Show'), não foi nada mal. No entanto, o fracasso foi considerável, com apenas US$ 63,3 milhões arrecadados mundialmente em comparação com um orçamento de US$ 40 milhões, insuficiente para a continuação da saga (respectivamente R$ 364,3 e R$ 230,2 milhões).
O filme conta como a Terra foi invadida por seres que se alojam em corpos humanos e controlam suas mentes. A criatura que habita o corpo de uma jovem terrestre tem que viver lutando contra as memórias dela, que se esforça para não perder o controle completamente. Para isso, ela se lembra constantemente do homem por quem é apaixonada, o que faz com que a criatura, Wanderer, também acabe se apaixonando por aquele humano. Ambos acabarão se aliando para se reencontrar com ele.
Como se pode ver, altas doses de romantismo juvenil em um filme que, apesar de seus flertes com as modas adolescentes da época, tem um bom número de ideias potentes: visualmente é atraente, o elenco (Saoirse Ronan, Diane Kruger, Emily Browning) é mais interessante que o normal e tem boas doses de violência que o distanciam do foco de 'Crepúsculo'. Uma pena, já que Meyers também abandonou a continuação da série literária, e não há como saber (no momento) como a história termina.
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