Steve Ballmer se tornou bilionário sem abrir uma única empresa: algumas de suas dicas para chegar lá

  • A maioria dos bilionários chegou lá por meio das empresas que fundaram.

  • Já Steve Ballmer construiu sua fortuna liderando empresas de outras pessoas.

  • Esses são os cinco segredos dele para construir uma carreira profissional de sucesso.

Dicas de como se tornar um bilionário por Steve Ballmer. Imagem: Flickr (Microsoft Sweden)
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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência no ramo digital. Entusiasta pela cultura pop, games e claro: tecnologia, principalmente com novas experiências incluídas na rotina. 

Como principal responsável pelas vendas, Steve Ballmer foi peça-chave na construção das bases do que hoje é a Microsoft. Sua energia e carisma chamaram a atenção de Bill Gates quando os dois se cruzaram pelos corredores da residência em Harvard.

Anos depois, Gates o chamaria para estar ao seu lado e transformar a Microsoft em uma das gigantes da tecnologia mais prósperas das últimas quatro décadas.

Embora sua gestão como CEO da Microsoft não seja lembrada como a mais brilhante em termos de produtos, ela foi extremamente relevante para o crescimento da empresa.

Como publicou a revista Fortune, Ballmer triplicou a receita anual da Microsoft e preparou o terreno para que Satya Nadella levasse a companhia ao patamar em que está hoje, com uma capitalização de mercado de 3,2 trilhões de dólares.

Ao contrário de Bill Gates, Steve Ballmer faz parte daquele seleto grupo de executivos que se tornaram bilionários sem fundar a empresa que os fez milionários. De acordo com a lista da Forbes, a fortuna de Ballmer chega a 121,4 bilhões de dólares — superando a de seu mentor e amigo Bill Gates, que possui 108,8 bilhões.

Estas são as cinco chaves de Steve Ballmer para alcançar o sucesso nos negócios.

É preciso enxergar o campo de jogo

Steve Ballmer é dono do time de basquete da NBA, o Los Angeles Clippers, mas seu envolvimento com a gestão de equipes vem desde a época da faculdade — como lembrou Bill Gates em seu recém-publicado livro Código Fonte: Meus Primeiros Anos, onde menciona que Ballmer era o responsável pelo clube de futebol da universidade.

"Se o CEO não consegue enxergar o campo de jogo, ninguém mais conseguirá. A equipe pode até precisar ver também, mas o CEO realmente precisa ser capaz de observar todo o espaço competitivo", explicou Ballmer em uma entrevista à Fortune em 2013.

Ele até deixou passar o bonde da telefonia móvel, mas focou no crescimento do modelo de computação em nuvem, antecipando a tendência que faria toda a diferença uma década depois. Um movimento que se conecta bem à famosa frase de Wayne Gretzky: "eu patino para onde o disco vai estar, não para onde ele já esteve".

Cerque-se dos melhores talentos

Durante seu tempo à frente da Microsoft, Ballmer se rodeou de alguns dos maiores talentos do Vale do Silício, como Steven Sinofsky, que liderou o desenvolvimento do Windows, e J. Allard, uma das figuras-chave para que o projeto do Xbox não fosse deixado de lado.

"Somos melhores quando temos pessoas muito talentosas com quem também conseguimos trabalhar bem em equipe", afirmou Ballmer à Fortune em 2013.

Numa entrevista ao The Wall Street Journal em 2009, ele disse que, para uma empresa ser dinâmica, deveria promover talentos internos "em 70% ou 80% dos casos", e que era essencial contar com pessoas realmente comprometidas com o projeto.

Um dos momentos preferidos de Ballmer no processo de contratação era quando ele pedia aos candidatos: "Me conte algo de que você se orgulha". Segundo ele, era possível ver a paixão nos olhos da pessoa.

Reavaliar tudo e mudar de opinião

Uma das grandes lições que Steve Ballmer aprendeu no mundo da tecnologia é que tudo muda muito rápido. Por isso, é fundamental repensar constantemente o terreno que se pisa, para não acabar ficando para trás.

Foi algo que Steve Jobs também entendeu bem: a importância de reavaliar tudo e mudar de ideia quando os fatos se tornam inegáveis.

"Teve uma época em que diziam que todo o dinheiro estava no software; abandone o hardware", comentou Ballmer em 2013, fazendo referência aos seus dois principais concorrentes: Apple e Samsung. "Depois, alguém vai dizer: ‘Ah, o mais importante é a publicidade’", aludindo ao modelo do Google. "A única certeza é que o campo de jogo está mudando o tempo todo", concluiu.

Ou seja, saber se adaptar é essencial — ficar parado pode custar caro, como aconteceu com empresas emblemáticas como a Kodak, a Nokia e a Blackberry.

Agir no curto prazo, planejar no longo

Um dos maiores medos de Bill Gates, quando liderava a Microsoft, era errar e não conseguir pagar os salários dos seus funcionários. Em uma entrevista de 2017 com Ellen DeGeneres, ele contou: "Sempre me preocupei porque as pessoas que trabalhavam comigo eram mais velhas, tinham filhos, e eu pensava: ‘E se não conseguirem nos pagar? Vou conseguir bancar a folha de pagamento?’"

Esse receio acabou influenciando Ballmer também — mas junto com o medo veio uma estratégia: manter uma visão otimista de longo prazo, mas agir com uma postura mais cautelosa no presente.

"Fazer bem as coisas que realmente geram receita leva tempo. Mas executar de forma a tornar isso possível exige ciclos curtos", explicou Ballmer.

E isso é exatamente o que ele vem colocando em prática no seu principal negócio atual: transformar um time em crise (o Los Angeles Clippers) em um dos mais lucrativos da NBA, enquanto projeta o futuro com a construção de um novo estádio.

Reconheça suas fraquezas e aprenda a superá-las

"Obviamente, entendo mais de negócios do que de tecnologia. Cresci, e quando você amadurece, percebe: ‘Uau, eu não fazia ideia do quanto ainda não sabia’", afirmou Ballmer em 2013.

Nesse ponto, ele se alinha com o conjunto de princípios que Sam Altman compartilhou em seu blog sobre o que é essencial para alcançar o sucesso profissional. Investir em si mesmo e buscar crescimento pessoal abre portas para caminhos inéditos — e, com eles, surgem novas oportunidades.

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