O calor é um dos maiores inimigos dos veículos elétricos. Sempre que as temperaturas estão altas, alguns componentes, como as baterias, podem ter uma redução no desempenho. Além disso, a eficiência da carga diminui, ou seja, a bateria se esgota mais rápido.
Diante desse desafio, proprietários de carros elétricos Tesla acharam uma “solução”: envolver o cabo de carga com uma toalha úmida. A lógica da gambiarra é simples: se o calor afeta negativamente a carga e os cabos aquecem durante o processo, resfriá-los seria uma boa solução.
O "truque" da toalha úmida
De acordo com informações do site InsideEVs, alguns proprietários afirmavam na internet que, ao envolver a mangueira e o conector do carregador com uma toalha molhada, conseguiam aumentar a velocidade de carga de seus veículos.
Segundo esses depoimentos, o método funcionaria especialmente bem com os supercarregadores V2 da Tesla. Eles suspeitavam que esses modelos possuíam sensores de temperatura no conector, os quais, com a menor temperatura causada pela toalha úmida, permitiriam temporariamente uma maior potência de carga.
Para aplicar esse truque, alguns colocavam a toalha úmida antes de iniciar a carga, enquanto outros preferiam molhar a toalha depois de envolver o cabo. Os resultados que compartilhavam em fóruns e redes sociais sugeriam uma melhora notável no desempenho da carga.
Tesla desmente os candidatos a Darwin Awards
Diante da crescente disseminação da prática, a Tesla decidiu se pronunciar sobre o assunto. Por meio de sua conta no X, a companhia de Elon Musk esclareceu que esse método não apenas é ineficaz, como também pode ser perigoso.
A Tesla explicou que cobrir o conector ou a mangueira com uma toalha úmida não aumenta a potência de carga. Além disso, a prática interfere com os sensores de temperatura, o que pode impedir que o sistema detecte superaquecimentos. Isso aumentaria o risco de danos ao carregador e à bateria e poderia até mesmo provocar um incêndio.
Embora a ideia de acelerar a carga com uma toalha úmida possa parecer engenhosa, na verdade não é eficaz e pode ser prejudicial. O tradicional prêmio anual Darwin Awards, que celebra pessoas que morreram de formas estúpidas sem deixar filhos, provavelmente já estava de olho nessa turma misturando água e eletricidade.
Esse texto foi traduzido e adaptado do site Xataka Espanha
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