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Megalópolis bateu todas as expectativas... negativas; seu primeiro final de semana lucrou muito abaixo do necessário

As previsões não eram boas, mas o novo filme de Coppola nem sequer conseguiu atingi-las

Megalopolis
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PH Mota

Redator

Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

Dependendo de quem você está falando, dizer que um filme pode ser o fracasso mais notório da filmografia de um diretor pode ter conotações mais ou menos trágicas. Mas quando falamos de Francis Ford Coppola, que por acaso tem em seu currículo um dos grandes desastres financeiros dos anos oitenta, “O Fundo do Coração”, mais um exemplo em uma filmografia cheia de furos, não é uma conquista pequena. Especialmente quando as previsões já eram muito baixas.

Elas apontavam para uma arrecadação entre 5 e 7 milhões de dólares, um valor muito baixo, considerando que 'Megalópolis' custou 120 milhões (falou-se, segundo a fonte, de 136) que, na maior parte, o diretor teve que tirar do bolso. Isso sem contar marketing e distribuição, quantias extras que Coppola também teve que financiar, em parte devido às suas dificuldades na hora de encontrar um distribuidor. Bem, o filme teve que se contentar com apenas 4 nas bilheterias dos EUA.

Toda a polêmica anterior sobre o filme e sua chegada aos cinemas IMAX, onde era aguardado com alguma expectativa, foram insuficientes para um filme que deixa para trás outros fracassos notáveis ​​do ano, como 'Borderlands' ou 'O Corvo'. Ou mesmo outro filme de autor autofinanciado que fracassou estrondosamente: a primeira parcela de 'Horizon: An American Saga' de Kevin Costner, que custou 100 milhões e arrecadou 46 milhões em todo o mundo. Lembre-se de que o valor foi considerado tão baixo que a segunda parte agora está no limbo da distribuição, procurando uma maneira de ser exibida.

Nos Estados Unidos, o filme foi o sexto mais visto, muito atrás de filmes como o indiano 'Devara: Parte 1', que, claro, recebeu muito menos atenção da imprensa e menos esforço promocional. O trono das bilheterias desta semana é conquistado por uma grata surpresa, o longa-metragem de animação 'O Robô Selvagem', uma proposta que está longe do que estamos acostumados a ver nas mãos da Disney, Pixar ou Illumination. Outra proposta animada, 'Transformers: O Início, no entanto, também decepcionou parcialmente nas bilheterias.

O futuro que aguarda a ambiciosa produção de Coppola é incerto, embora as bilheterias europeias estejam possivelmente na mesma linha. Teremos que ver como a produção se sai a médio prazo, levando em conta que as plataformas de streaming agora oferecem uma nova vida para os filmes e podem ressuscitar o interesse do público por fracassos, como aconteceu com propostas como 'Máquinas Mortais', 'Gemini', 'Space Jam 2' ou 'Mulher-Maravilha 1984'

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