Começando pelo óbvio: o fato de o iPhone 16e contar com apenas uma câmera é simplesmente injustificável. Seja você um fotógrafo amador ou não, a adição de uma grande angular ou uma teleobjetiva óptica é o mínimo a ser exigido nessa faixa de preço.
Dito isso, o fato de este telefone ter apenas uma câmera faz mais sentido do que pode parecer para os mais entusiastas de tecnologia. A evolução dos sistemas de câmeras em telefones é uma história de altos e baixos. Há alguns anos, foi a absurda moda dos megapixels, após a qual as próprias empresas admitiram que não servem para nada se a qualidade do sensor e o processamento final não acompanharem.
Até não muito tempo atrás, a moda era inundar o telefone com até quatro câmeras, incluindo câmeras macro e de profundidade, cuja utilidade também era, no mínimo, questionável.
Tudo parece ter se estabilizado em um ponto ideal atual, onde tudo se move de forma muito mais simples: duas ou três câmeras, quatro para os mais ambiciosos (dupla teleobjetiva óptica). Mas, mesmo nesse ponto de bom senso, ainda nos deparamos com um grande problema: a qualidade das câmeras secundárias em celulares de menos de R$ 6.300 é medíocre.
Na verdade, é comum encontrar sensores principais com bom desempenho acompanhados de sensores ultra grande angular ("ultra wide-angle") de 8, 12 ou até 50 megapixels com qualidade mediana. Isso também é comum em teleobjetivas humildes (2x): servem apenas para fazer um pouco de zoom durante o dia.
A Apple tentou resolver o problema do zoom, como fez no iPhone 14 Pro: aproveitando os 48 megapixels para cortar a área central e obter um zoom "sem perdas". Na prática, você tem uma qualidade semelhante à de um zoom óptico x2. Uma olhada em fóruns como o Reddit revela que a lente ultra grande angular não tem a melhor popularidade. Ainda há muito, muito trabalho a ser feito.
Imagem | Apple
Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.
Ver 0 Comentários