No Brasil, assim como em vários países do mundo, os jovens de 18 anos atingem a maioridade. Ter um documento de identidade oficial, votar ou tirar habilitação de trânsito são algumas das funções que, como novos adultos, eles podem exercer. Claro, se falarmos do sentido legal e governamental, especificamente. No entanto, em que idade eles realmente se consideram "adultos"? O Life Happens buscou a resposta.
"Ser adulto é difícil e parece que está se tornando cada vez mais difícil." Este é um dos resultados do estudo Adulthood Across Generations, onde 71% dos entrevistados afirmaram que a vida adulta é mais complicada hoje em comparação com 30 anos atrás. O motivo? O aumento do custo de vida.
Essas respostas foram dadas por 2 mil, divididas igualmente entre gerações: 500 participantes da Geração Z, Millennials, Geração X e Baby Boomers, todos residentes nos Estados Unidos.
Quando perguntados sobre como definem o conceito de "ser adulto", as respostas mais comuns giraram em torno das finanças. 56% disseram que isso implica em poder cobrir suas próprias contas, enquanto 45% associaram isso a ser financeiramente independente. Por outro lado, 46% expressaram que começaram a "se sentir" adultos quando saíram da casa dos pais.
A nova vida adulta, segundo a Geração Z
Como mencionamos no início, ao ter um documento de identidade oficial, os jovens se tornam, pelo menos aos olhos do Estado, adultos. Mas, ao contrário, para as novas gerações essa mudança não acontece automaticamente. Em vez disso, eles começam a perceber a vida, o dinheiro e o futuro como "reais" por volta dos 27 anos.
Se adicionarmos outros dados, essa nova idade surge diante de um panorama com maiores complicações. Pelo menos 42% disseram que a vida adulta é mais difícil do que esperavam, enquanto 11% confessaram não se sentirem verdadeiros adultos.
Adicionado a isso, há decisões financeiras "adultas" que a Geração Z considera fora de alcance. A lista é liderada pela compra de uma casa ou apartamento com 47%, seguida por ter filhos com 39%. Além disso, pouco mais da metade (56%) diz que enfrenta mais responsabilidades financeiras do que pode lidar.
Apesar de tudo, eles têm um ponto a seu favor: estão um passo à frente em questões financeiras.
Geração Z, a mais responsável financeiramente
Antes de nos apressarmos em criticar a Geração Z, é importante notar que esta geração está liderando o caminho em questões financeiras. Muitos começam a pagar suas próprias contas, obter cartões de crédito, aprender a fazer orçamentos e abrir contas de poupança em idades mais jovens do que as gerações anteriores.
Devido à incerteza econômica e ao aumento do custo de vida, a pressão para ter mais estabilidade em termos de dinheiro está se intensificando. Oito em cada dez adultos da Geração Z sentem que devem ser mais avançados financeiramente do que são atualmente.
Com cada geração, a idade média para começar a contribuir para um plano de aposentadoria diminuiu, permitindo-lhes mais tempo para economizar e investir. O mesmo é verdade para o seguro de vida: as gerações mais jovens começaram a comprar sua primeira apólice em idades mais jovens. Em comparação, enquanto os baby boomers fizeram isso aos 34, a Geração Z o faz aos 22.
Em suma, conceitos como possuir sua própria casa, começar uma família e alcançar estabilidade econômica, que tradicionalmente definiram o que significa ser adulto, são inatingíveis para muitas pessoas hoje. Isso levou muitos a escolherem não perseguir essas metas e gerar o sentimento de não serem "verdadeiros adultos" ou de mudar sua idade para se tornarem um.
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