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Foram descobertos mamíferos que respiram de uma maneira inusitada e não convencional

James Liao aceita o Prêmio de Física por "Demonstrar e explicar as habilidades de natação de uma truta morta" durante a 34ª cerimônia anual do Prêmio IgNobel, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em Cambridge, Massachusetts. — Foto: REUTERS/Brian Snyder
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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência no ramo digital. Entusiasta pela cultura pop, games e claro: tecnologia, principalmente com novas experiências incluídas na rotina. 

A cerimônia do IgNobel 2024, realizada na última quinta-feira (12), reconheceu dez pesquisas científicas peculiares que, além de provocarem curiosidade e risadas, levantam questionamentos importantes para o avanço do conhecimento. O evento busca "celebrar o incomum, homenagear a imaginação e estimular o interesse das pessoas na ciência, na medicina e na tecnologia".

Entre os destaques está o brasileiro Felipe Yamashita, de Botucatu (SP), vencedor na categoria botânica. Ele estudou a Boquila trifoliolata, uma planta com a habilidade impressionante de imitar a aparência de folhas ao seu redor, inclusive de plantas artificiais.

O nome IgNobel é um trocadilho com o Prêmio Nobel e faz referência ao termo "ignóbil", sugerindo que, apesar de parecerem irreverentes, as pesquisas premiadas têm valor científico e ampliam nossa compreensão sobre o mundo.

Mamíferos que respiram pelo ânus

Uma das pesquisas mais surpreendentes veio do Japão. Cientistas descobriram que certos mamíferos, como ratos, porcos e camundongos, podem absorver oxigênio pelo ânus em situações emergenciais. O estudo, iniciado durante a pandemia de Covid-19, abre possibilidades para tratamentos respiratórios alternativos e já está em fase de testes clínicos com humanos.

Pombos treinados para guiar mísseis

Outro estudo reconhecido investigou como pombos poderiam ser usados para direcionar mísseis com precisão. Pesquisadores dos Estados Unidos analisaram a incrível capacidade dessas aves de reconhecer padrões visuais, levantando a possibilidade de aplicá-las em estratégias militares. Apesar de nunca ter sido implementado, o experimento evidencia a versatilidade da cognição animal.

O impacto das trutas mortas no ecossistema

Outro estudo premiado focou na influência de trutas mortas no comportamento de outros peixes em rios. Os pesquisadores identificaram que mesmo após a morte, esses animais continuam afetando o ecossistema, alterando interações entre espécies e provocando mudanças inesperadas no ambiente aquático.

A longevidade extrema sob suspeita

No Reino Unido, um estudo investigou casos de pessoas que alegam ter mais de 110 anos e descobriu que muitas dessas alegações estão ligadas a regiões com baixa documentação oficial e possíveis fraudes previdenciárias. A pesquisa levanta questionamentos sobre a confiabilidade dos registros e a real expectativa de vida nessas áreas.

Uma premiação irreverente e instigante

A cerimônia do IgNobel, realizada no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, contou com a participação de laureados do Prêmio Nobel, que entregaram os troféus aos vencedores.

Com apresentações rápidas e momentos descontraídos, o evento reforça a importância da criatividade na ciência, mostrando que descobertas inusitadas podem abrir portas para novos campos de pesquisa e inovação.

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