Por anos, a Nintendo tem desenvolvido, publicado e firmado parcerias com desenvolvedores que criam jogos que não são exatamente focados num perfil de gamer tradicional. Muitas vezes, as experiências inovadoras buscam promover qualidade de vida, seja pela movimentação física intensa – como em Wii Fit ou Ring Fit Adventure – ou pela experiência social caótica – consagrada desde a geração Wii e diversificada em apostas variadas desde então.
Pela minha experiência pessoal, por exemplo, ainda no NES tive contato com o Power Pad. O tapete digital era conectado como um controle tradicional e utilizado para controlar os personagens no jogo World Class Track Meet, que tinha disputas de atletismo. Mais tarde, na geração do Nintendo DS, eram frequentes os jogos que não ofereciam uma experiência tradicional. Foram inúmeras horas gastas em aplicativos para treinar os olhos ou o cérebro, com testes de agilidade, raciocínio, memória e outros.
Power Pad | Foto: Video Game Data Base
Mais recentemente, a experiência oferecida pela Nintendo tem sido ampliada para além dos games em seus consoles principais. Nos últimos anos vimos investimentos em aplicativos para celular, parques temáticos e adaptação de sua maior franquia para as telas do cinema.
Para entender isso, explica a gerente de relações públicas da Nintendo Latam, Pilar Pueblita, é preciso voltar na missão da empresa.
Nintendo quer trazer sorrisos
“A missão da Nintendo é colocar um sorriso no rosto das pessoas a partir de experiências únicas de entretenimento”, explicou Pilar em conversa com o Xataka Brasil. “Ainda nos jogos, o que buscamos para o Nintendo Switch são experiências para todos. Se você é um gamer mais hardcore, pode jogar Xenoblade ou Super Smash Bros Ultimate, um jogo competitivo. Mas gamers casuais podem apostar em Mario Kart 8 Deluxe, uma opção para todos, inclusive para os mais experientes”, destaca.
Com a lista de opções, Pilar pontua que Nintendo quer sempre ter disponível uma opção para todos da família. Com essa visão em mente, surge o espaço para parcerias como com a Niantic, que publicou Pokémon Go e Pokémon Sleep. Os aplicativos transformam a experiência de jogar Pokémon completamente e criam tarefas e missões que envolvem, por um lado, caminhadas e interação social, ou pelo outro, qualidade de sono.
Na mesma linha, surge o recente Alarmo. Lançado em pré-venda oficial para Japão, EUA e Canadá – com previsão de chegada na América Latina a partir de 2025 – o relógio digital mira trazer a conexão com as franquias Nintendo a partir de trilhas e efeitos sonoros para valorizar a qualidade de vida. Além de alarmes, o dispositivo tem comportamentos inteligentes que detectam atrasos e se ajustam para facilitar a vida dos usuários, sempre com efeitos personalizados que trazem sons dos jogos da empresa.
Pilar destaca ainda uma solução mais distante dos jogos: o cinema. “O filme foi uma oportunidade para a Nintendo atingir novos tipos de audiência para nossas franquias, especialmente as mais distantes dos jogos”, lembra.
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