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Os carros chineses já estão abalando gigantes da indústria: Honda e Nissan iniciarão negociações de fusão, segundo Nikkei

O acordo também incluiria a Mitsubishi Motors

Nissan e Honda podem estar planejando fusão / Imagens: Aaron Mridha e Nicolás Gutiérrez Cervetto
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Victor Bianchin

Redator

Victor Bianchin é jornalista.

No mundo empresarial, há ocasiões em que rivais históricos decidem deixar de lado suas diferenças para enfrentar uma ameaça comum. Honda e Nissan, dois gigantes da indústria automotiva e tradicionalmente rivais, estão se preparando para iniciar negociações sobre uma possível fusão.

A informação chega a nós pelo jornal Nikkei. O renomado veículo japonês aponta que as fabricantes querem unir forças para competir em melhores condições no mercado de veículos elétricos, dominado por empresas chinesas e pela fabricante norte-americana Tesla.

O primeiro passo para materializar a fusão proposta será a assinatura de um memorando de entendimento, de acordo com fontes do Nikkei. A declaração inicial deve acontecer muito em breve, e estabelecerá as bases para que Honda e Nissan possam começar a operar sob um único grupo no futuro próximo.

Vale ressaltar que o possível acordo de fusão não parece ser exclusivo de Honda e Nissan. As pessoas relacionadas ao assunto disseram que também poderia incluir a Mitsubishi Motors, que é uma das 50 maiores empresas do Japão e uma das fabricantes de carros mais reconhecidas do mundo.

Honda Civic e Tesla Model Y / Imagens: Divulgação Honda Civic, um dos carros mais vendidos de todos os tempos (esquerda) e Tesla Model Y, o modelo mais popular da Tesla (direita) / Imagens: Divulgação

A mais recente aproximação entre Honda e Nissan havia ocorrido no início de 2024, quando as fabricantes chegaram a um acordo sem obrigações concretas vinculativas. Naquele momento, não estavam claros os limites da colaboração, e não se sabia exatamente em que aspectos as empresas trabalhariam juntas.

A indústria automotiva está mudando rapidamente e grande parte dessa nova dinâmica está sendo impulsionada por novos atores que oferecem veículos elétricos. Entre eles, encontramos a americana Tesla, fundada em 2003, e a chinesa BYD Auto, subsidiária da empresa chinesa BYD Company, que surgiu no mesmo ano.

Um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) oferece uma radiografia detalhada da indústria: 18% dos carros vendidos em 2023 foram elétricos. Isso equivale a 14 milhões de unidades, das quais a grande maioria (95%) foi fabricada na China, Europa e Estados Unidos. Como podemos ver, os carros japoneses não lideram esse segmento.

Imagens | Aaron Mridha | Nicolás Gutiérrez Cervetto

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.

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