A China aspira a ter forças armadas capazes de rivalizar diretamente com as dos Estados Unidos até o final de 2040. Com esse objetivo, está promovendo iniciativas como o caça de quinta geração Chengdu J-20 e o maior navio de assalto anfíbio do mundo, conhecido como Type 076. No entanto, nem tudo está saindo como planejado. O gigante asiático pode ter sofrido um grande revés este ano.
The Wall Street Journal, com base em fontes anônimas do governo dos Estados Unidos, informou que a Marinha do Exército Popular de Libertação (EPL) perdeu seu submarino de propulsão nuclear mais moderno e avançado. O submarino da classe Zhou havia sido lançado em um estaleiro próximo a Wuhan. Os trabalhos pareciam progredir bem, mas o submarino acabou afundando em algum momento durante a primavera.
Adeus ao novo submarino da classe Zhou
O submarino tinha como objetivo ser o primeiro da classe Zhou, cujas principais características incluem propulsão nuclear e um novo design de popa que prometia oferecer maior manobrabilidade.
Este é um projeto sobre o qual há pouquíssima informação disponível. Até o momento, a China não fez comentários públicos sobre o incidente, e membros do Pentágono consultados pelo jornal acreditam que o governo chinês está tentando encobrir o ocorrido.
Como em tudo relacionado ao mundo militar, é importante tratar a informação com cautela. Até o momento, os dados disponíveis vêm apenas de fontes norte-americanas. O primeiro a notar algo incomum na área de construção naval chinesa foi Thomas Shugart. De acordo com imagens de satélite coletadas pelo especialista, várias gruas apareceram ao redor do local onde o submarino estava sendo construído, aparentemente em uma tentativa de resgate.
Um dos submarinos ativos de Exército de Liberação da China
Naquele momento, no entanto, não estava claro de qual veículo se tratava. Mais tarde, fontes norte-americanas mencionaram o afundamento do moderno submarino chinês. O Departamento de Defesa dos EUA não tem certeza se o submarino estava carregado com combustível nuclear no momento do incidente, mas também não há evidências de que as autoridades chinesas tenham implementado um plano para coletar amostras de água em busca de radiação na área.
A perda de um submarino nuclear que estava prestes a entrar em serviço pode representar um golpe duro para Pequim, que está em processo de retirar algumas de suas unidades mais antigas. O Serviço de Pesquisa do Congresso dos Estados Unidos estima que o país asiático terá 65 submarinos em 2025 e 80 em 2035.
Atualmente, a China também possui a maior Marinha do mundo em número de embarcações, com 234 navios de guerra.
Imagens | Maxar Technologies | SinoDefence
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