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China se orgulha dos seus feitos: eles conseguem usar sinal da Starllink para detectar drones e aviões espiões

  • Atualmente, os EUA, China, Rússia, Reino Unido, Índia e Japão possuem aviões furtivos em serviço.

  • Um experimento bem-sucedido realizado por cientistas chineses pode mudar as regras do jogo no mundo da espionagem.

China Consegue Usar Starlink Para Detectar Espionagem
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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência no ramo digital. Entusiasta pela cultura pop, games e claro: tecnologia, principalmente com novas experiências incluídas na rotina. 

Os aviões furtivos foram projetados para evitar a detecção por radar e outras tecnologias de vigilância. Atualmente, Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, Índia e Japão possuem essas aeronaves, enquanto países como França, Coreia do Sul e Turquia estão desenvolvendo seus próprios programas para aprimorar essa tecnologia.

A importância estratégica dos aviões furtivos é enorme, pois permitem a realização de missões com uma probabilidade muito baixa de serem detectados. Pelo menos, era assim até agora.

A China está mudando as regras do jogo, e está fazendo isso de uma maneira bastante engenhosa. Um grupo de cientistas chineses conseguiu utilizar com sucesso os sinais emitidos pelos satélites da rede Starlink, de propriedade de Elon Musk, para identificar um objeto furtivo no Mar do Sul da China. O potencial dessa tecnologia é imenso.

No futuro, ela poderia ser utilizada pelos países mencionados anteriormente, e por outros, para detectar aviões furtivos de exércitos inimigos.

Um experimento relativamente simples que provou sua eficácia

Durante os testes, os cientistas chineses utilizaram um drone DJI Phantom 4 Pro, que tem um tamanho semelhante ao de uma ave. Na prática, a intenção era que esse drone desempenhasse o papel de um objeto furtivo, e eles conseguiram identificá-lo com sucesso ao analisar os sinais eletromagnéticos emitidos por um satélite da rede Starlink que sobrevoava as Filipinas naquele momento.

Um detalhe importante: essa rede conta com mais de 6.000 satélites em órbita, projetados para emitir sinais criptografados de alta frequência.

A estratégia adotada pelos cientistas chineses consiste em detectar objetos furtivos identificando a interrupção das ondas eletromagnéticas emitidas por um satélite quando um avião ou drone furtivo entra em sua trajetória.

Essa interrupção gera pequenas perturbações na sinalização, que podem ser captadas e analisadas para determinar com precisão a localização do objeto furtivo. Além disso, essa técnica apresenta outra vantagem importante: não exige que o radar emita sinais, o que torna mais difícil sua detecção ou interferência por parte dos adversários.

Curiosamente, os engenheiros chineses conseguiram identificar até mesmo detalhes finos do drone, como o movimento dos rotores. O que esses técnicos não revelaram, e é compreensível que mantenham em segredo, é o algoritmo que utilizaram e as especificações do hardware empregado para analisar os sinais capturados.

O que sabemos é que, para viabilizar a detecção, eles construíram um receptor usando componentes eletrônicos amplamente disponíveis. Esse dispositivo foi responsável por capturar e processar os dados.

As grandes potências militares estão desenvolvendo outras tecnologias para identificar aeronaves furtivas, mas esta já provou sua eficácia. E, o que é ainda mais relevante, sua impressionante simplicidade.

Imagem | SpaceX

Mais informações | SCMP

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