Um grupo de pesquisadores japoneses do Okinawa Institute of Science and Technology (OIST) apresentou em julho de 2024 um protótipo de sistema de levitação magnética para carros, conforme publicado pela Econews. Embora seja apenas um protótipo, ela acendeu o debate em torno de uma possível revolução na indústria.
Por que é importante
Se essa tecnologia conseguir ser desenvolvida e produzida em escala, pode reduzir drasticamente o consumo energético dos carros ao eliminar a fricção. No entanto, ainda há muitos desafios a serem superados para que ela possa de fato começar a ser usada.
Como funciona:
- O sistema utiliza materiais diamagnéticos, como grafite, juntamente com ímãs potentes para fazer os veículos levitarem sobre pistas especializadas.
- Requer energia apenas no início, para gerar o campo magnético, mas não durante o movimento.
Vantagens potenciais
Com isso, a fricção dos pneus contra o asfalto seria eliminada, o que aumentaria drasticamente a eficiência energética do veículo e reduziria o consumo de recursos. Além disso, o desgaste mecânico também seria menor, já que as vibrações e os pequenos danos causados por buracos na rua seriam eliminados.
Os desafios pendentes
O protótipo ainda é pequeno e muito difícil de ser reproduzido em escala. Além disso, há o enorme obstáculo que é a necessidade de criar uma infraestrutura especial para sua implementação. Sem pistas magnéticas, não há como os carros levitarem.
Estamos falando de recapear todas as vias do planeta — os custos de implementação seriam muito altos. Além disso, há outro problema: os pequenos redemoinhos de ar que se formam ao redor do carro que está levitando. Eles desaceleram o veículo, o que pode gerar perda de altura ou estabilidade. Para resolver essa questão, provavelmente seria necessária uma grande quantidade de energia.
A realidade atual
- É uma tecnologia experimental em estágios muito iniciais.
- Não há planos concretos para sua implementação comercial.
- Se a transição elétrica está sendo desafiadora, a transição magnética será ainda mais difícil, pois requer sua própria infraestrutura no asfalto.
Ou seja, é uma tecnologia fascinante e um protótipo promissor, mas algo que está longe de ser uma solução prática a médio prazo para o transporte em massa. O potencial a longo prazo só será conhecido com o tempo. Qualquer outra consideração mais entusiástica, por enquanto, é negar a realidade.
Este texto foi traduzido e adaptado do site Xataka Espanha
Imagem principal | Gerada pelo Xataka com Midjourney
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