Tendências do dia

Mais um passo em direção ao Parque dos Dinossauros: cientistas criam ratos peludos antes de ressuscitar os mamutes

Ratos peludos possuem genes de mamute | Imagem: Colossal
Sem comentários Facebook Twitter Flipboard E-mail
igor-gomes

Igor Gomes

Subeditor

Subeditor do Xataka Brasil. Jornalista há 15 anos, já trabalhou em jornais diários, revistas semanais e podcasts. Quando criança, desmontava os brinquedos para tentar entender como eles funcionavam e nunca conseguia montar de volta.

É comum filmes e programas de TV inspirarem diversos avanços tecnológicos que só vão ser alcançados anos depois. Foi assim com os Jetsons e as vídeo-chamadas, por exemplo. E mais uma vez, estamos vendo cientistas reais correndo atrás da ficção. Dessa vez, o escolhido é Jurassic Park, de 1993. Ainda não temos uma ilha reclusa com dinossauros ressuscitados a partir de uma amostra de sangue colhida de um mosquito preservado em âmbar, mas cientistas do Colossal Laboratories & Biosciences descobriram ser possível trazer de volta à vida outro ser pré-histórico: o Mamute.

Rato peludo resistente ao frio

O grande avanço da vez é a criação de um “rato lanhoso”. O roedor possui uma pelagem fofa e próxima do dourado, característica do paquiderme extinto. Além disso, eles também possuem o metabolismo rápido em consumir gordura, que permitiam ao mamute sobreviver a temperaturas severas durante a era do gelo. Isso é possível por conta das técnicas de edição de DNA, que incluíram genes dos mamutes no DNA dos ratos. Eles nasceram em Outubro de 2024, mas só foram revelados na última terça-feira (04/03).

Para a recriação do mamute, era de se esperar que fossem feitos testes em elefantes, e não em ratos. A razão para começar com roedores é bem simples: o tempo de gestação. “Testar essa hipótese em um elefante não é possível porque eles têm uma gestação de 22 meses, então demoraria muito tempo, e não é ético”, explicou a cientista-chefe da Colossal, Beth Shapiro em entrevista ao USA Today.

Nascimento dos ratos prova que "desextinção" é viável

Em entrevista para a revista Time, o CEO da Colossal, Ben Lamm, explica que a criação dos ratos felpudos não é um passo adiante no caminho para trazer os mamutes de volta, mas uma confirmação de que a técnica de edição do DNA funciona. “[Ele] prova nosso pipeline de ponta a ponta para a desextinção. Começamos este projeto em setembro e tivemos nossos primeiros ratos em outubro, o que mostra que isso funciona — e funciona de forma eficiente.” Além do mamute, a empresa também quer trazer de volta à vida o Dodo, extinto no século XVII, e o Lobo-da-tasmânia, extinto em 1936.

Inicio