Um novo relatório, o Statistical Review of World Energy 2024, aponta que as gerações de energia eólica e solar subiram 17% e 71% respectivamente de 2022 para 2023. No ano passado, o Brasil registrou o segundo maior aumento anual de geração eólica e solar do mundo, acréscimo de 36 TWh, ficando atrás apenas da China.
Em 2022, o Brasil foi o terceiro no mundo a instalar mais parques eólicos. 90% da nossa energia desse tipo é produzida na região Nordeste. Desde 2013, nossas turbinas eólicas instaladas têm crescido, em média, 29,5% ao ano.
O Brasil é o sétimo maior produtor de energia eólica do mundo, com 29.135 megawatts de capacidade instalada. No topo está a China, país que se destaca como líder em energias renováveis, com 441.895 MW. Em seguida vem os Estados Unidos, que estão fazendo um esforço importante nos últimos anos. Fechando o pódio, está a Alemanha, com foco na energia eólica offshore.
Os projetos offshore
O crescimento da energia eólica terrestre começou a se traduzir, aos poucos, em um aumento na produção offshore (turbinas instaladas no mar). Segundo a análise do Energy Institute, a energia eólica marinha ainda representa uma proporção muito pequena em nível mundial, mas a Europa possui uma capacidade maior (32 GW), superando os EUA e se aproximando da China (37 GW).
Não isenta de problemas
A energia eólica também tem seus problemas. Em primeiro lugar, o impacto visual e os danos à fauna que são causados pelos aerogeradores. Em seguida, as desavenças entre as comunidades autônomas produtoras e receptoras, como acontece na Espanha. Por último, nos parques eólicos offshore podem gerar conflitos com pescadores devido à ocupação do espaço das zonas costeiras.
Marco regulatório
A expansão desse tipo de energia é impulsionada por objetivos estabelecidos por diferentes organismos, com uma série de compromissos a serem cumpridos até 2030. A Estratégia Nacional de Energia e Clima 2021-2030 (PNIEC) estipula que 42% da energia deve vir de fontes renováveis até 2030. Já os planos do Pacto Verde Europeu e os compromissos da União Europeia em relação à neutralidade climática até 2050 também desempenham um papel crucial.
Texto traduzido e adaptado do site Xataka Espanha
Imagem | Pixabay
Ver 0 Comentários